segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


Os aromas  são substâncias voláteis, muito importantes na prova do vinho, revelando muito da sua origem, do seu carácter e até do seu processo de fabrico e idade.

Na página dos aromas temos, ao longo do tempo adicionado os diferentes aromas que compõem a roda dos "aromas" do vinho.



Dado a sua diversidade, iremos agrupá-los, de acordo com a roda, e a cada dia, completá-la para mais facilmente descobrir-mos mais um pouco desta infindável, poderei dizer: "Janela de Cheiros"


Maçã


O aroma a maçã apresenta-se nos vinhos de formas bastante distintas, reportando-nos às mais variedades da fruta, chegando mesmo a ser considerado defeito quando expresso por aromas de oxidação.
O aroma a maçã Golden, é frequente nos vinhos brancos jovens, tranquilos ou espumantes originários de regiões mais frias, como por exemplo do Varosa e Nave e característico da casta Chardonnay, da Malvasia Fina e Verdelho, quando instaladas neste tipo de climas.
Por outro lado o aroma a maçã Reineta, mais discreto, suava e sofisticado, mas também mais ácido manifesta preferencialmente em vinhos espumantes ou champanhes mais simples elaborados a partir das castas Pinot Menieur, nos brancos da região francesa de Chablis ou ainda nos Sauvignon Blanc de Bordeaux.
Como defeito, manifesta-se aromaticamente com nuances de fruta muito madura, antevendo problemas de sobrematuração ou oxidação do vinho branco.
As substâncias químicas responsáveis pelo aroma a maçã são: maçã verde o trans-2- hexenal para aromas a relva cortada/uva verde: cis-3-hexenol.


Marmelo

Considerado um aroma secundário, o aroma a marmelo é característico dos vinhos brancos evoluídos e frequente na casta Chenin Blanc, a partir das quais são elaborados vinhos brancos secos e espumantes, que libertam suaves fragrâncias de marmelo conjugadas com tília. Em Portugal é particularmente comum em vinhos maduros, provenientes da casta Marufo (Mourisco), fazendo lembrar notas de compota.
Presente, embora menos frequentemente em tintos e roses, esta nota aromática manifesta-se na sua plenitude nos vinhos da casta Chardonnay, que lhe confere elegância e subtileza num estado de maturação mais evoluído.
Nos vinhos elaborados com uvas resultantes de podridão nobre, as frequentes notas de marmelo aparecem muitas vezes associadas a suaves perfumes de mel, frutos secos e à elegante acácia.


Ananás


O perfume exótico do ananás é um aroma primário pertencente à família frutado e presente exclusivamente nos vinhos brancos jovens.
Em Portugal este aroma manifesta-se frequentemente nos brancos provenientes das castas Arinto e Alvarinho ou até mesmo de Síria, desde que fermentados a baixas temperaturas. A casta internacional Chardonnay ou a Riesling, quando provenientes de climas frios, manifestam também este característico aroma, muitas vezes associado ao limão ou lima.
Por outro lado o aroma a ananás maduro, com aromas mais subtis, finos e elegantes são passíveis de ser encontrados em brancos mais velhos, estagiados em madeira e, associados aos exuberantes e agradáveis aromas a melão maduro.
As substâncias químicas responsáveis pelos aromas a ananás são o butirato de etilo e o butirato de isoamilo. 

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