domingo, 22 de abril de 2012

TERRENUS VERITAE




Situada numa das mais privilegiadas regiões do Alentejo, Besteiros, freguesia de Alegrete, Concelho de Portalegre, dá berço a este novo projecto. Integrada no seio do Parque Natural da Serra de S. Mamede, onde a biodiversidade, a poli cultura e os métodos de agricultura tradicionais, pintam um quadro de um Alentejo profundamente rural.
As grandes propriedades alentejanas, divididas em parcelas, a que chamavam de “folhas”, foram-se rendilhando e dividindo ao longo dos tempos, originando pequenas explorações que ainda hoje respondem pelo seu nome. A Folha do Meio é originária deste processo de divisão, envolta actualmente pelos densos povoamentos da serra, olival tradicional e pequenas hortas e pomares familiares, reporta-nos a outros tempos, vivências e experiências.
É neste contexto de ruralidade, de um Alentejo interior, de uma natureza pura e terrenos únicos, que nasce a Terrenus Veritae. Produzimos vinhos singulares, lacrados a simplicidade, tipicidade e qualidade, resultado de uma perfeita aliança entre as mais tradicionais técnicas de produção vitícola à mais cuidada tecnologia.

A VINHA
Integrada numa paisagem biodiversa, assente em solos de xisto e clima temperado, reúne excelentes condições de maturação da uva, de forma lenta e graciosa, típica desta região do Alentejo.
Ocupando uma área de 8 hectares, as vinhas, integralmente de sequeiro, distribuem-se em pequenas parcelas com idades entre os 10 e 40 anos. Maioritariamente composta por castas tintas, destacam-se as tradicionais Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, acompanhadas de uma pequena percentagem de Touriga Nacional e Syrah. O encepamento branco é composto pelas castas Arinto e Fernão Pires, conferindo aos nossos vinhos um carácter floral e frutado sem nunca perder a frescura, acidez e vivacidade, que a altitude da Serra lhe proporciona.

OS VINHOS
Sob a experiência e assinatura de Paolo Nigra, os vinhos Folha do Meio são vinificados na Adega Quinta da Queijeirinha, seguindo os mais elevados padrões de qualidade.
Totalmente equipada com as mais modernas tecnologias, as fermentações dos tintos decorrem em balseiros de carvalho, seguindo para as cubas de inox ou paras as barricas de carvalho francês, onde decorrerá o período de estágio.
Os brancos, vinificados em cubas de inox, no interior das câmaras frigoríficas, com total controlo de temperatura, permitem manter a acidez e os refrescantes aromas dos vinhos desta peculiar região do Alentejo.

FOLHA DO MEIO RESERVA 2009
Castas
Touriga Nacional, Syrah, Alicante Bouschet, Aragonez
Estágio: 12 meses barricas de Carvalho Americano e Francês

Notas de Prova
De cor granada escuro com laivos acastanhados, encerra em si suaves aromas a compota de frutos vermelhos, destacando-se a ameixa e framboesa. Mais tímidos espreitam de seguida tons herbáceos acompanhados de uma ligeira nuance a madeira. Na boca revela-se macio, equilibrado, de corpo médio, taninos macios e bem conjugados. Aqui os perfumes tornam-se mais densos, mais doces e evoluídos, onde o suave perfume a madeira e  fumo interagem de forma graciosa com os sabores doces de compotas de frutos vermelhos.



FOLHA DO MEIO TINTO 2009
Castas
Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet

Notas de Prova
De cor granada, aberto e aspecto límpido, tem um perfil aromático marcadamente frutado, onde sobressaem os frutos vermelhos maduros, ameixa e framboesa. Mais discretos vão-se libertando suaves notas herbáceas acompanhadas de ligeiras nuances a madeira. Na boca revela-se macio, equilibrado, de taninos vivos, bem integrados, que lhe conferem robustez e vivacidade.







FOLHA DO MEIO BRANCO 2009
Castas
Arinto, Fernão Pires

Notas de Prova
De cor amarelo citrino e aspecto brilhante, representa a perfeita ligação entre a Arinto e a Fernão Pires. Da primeira herdou o corpo, a estrutura e suavidade, da segunda, os intensos aromas florais que liberta intensamente, sem nunca perder a frescura e a acidez que nos remete aos citrinos. Na boca apresenta-se fresco, untuoso, macio e volumoso. De uma acidez controlada que lhe confere vida e frescura, permanece num longo final de boca intenso e floral.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A "pequena MERLOT"

A casta Merlot, originária da região francesa de Bordeaux, especialmente na margem direita do rio Gironde: St-Emilion e Pomerol, teve bastante sucesso a partir dos anos 80. A "pequena" Merlot, apesar da sua extrema qualidade na produção de vinhos pouco ácidos e com bom envelhecimento em carvalho, teve muita dificuldade em se sobrepor à mediática Cabernets Sauvignon.
Pela sua frescura, vivacidade e suavidade, facilmente conquistou o mundo, marcando as regiões da Califórnia, Chile e Austrália, numa primeira fase. Actualmente encontra-se um pouco disseminada por todo o mundo, produzindo vinhos marcados pela cor e suaves aromas a amora e ameixa, nuances herbáceas e taninos suaves. Quando amadurecidos, os vinhos estagiados em madeira libertam potencialmente aromas a chocolate, bolo de fruta e de uma textura bastante suave.

Por muitas palavras que utilize para descrever esta casta, há quem o tenha feito de melhor forma e bastante mais original.

Deixo-vos um vídeo bastante original e didáctico sobre a história da Merlot e suas irmãs: Cabernet Sauvignon e Franc, Malbec e Petit Verdot, realizada pela família Gundlach Bundschu.