Os aromas são substâncias voláteis, muito importantes na prova do vinho, revelando muito da sua origem, do seu carácter e até do seu processo de fabrico e idade.
Na página dos aromas temos, ao longo do tempo adicionado os diferentes aromas que compõem a roda dos "aromas" do vinho.
Dado a sua diversidade, iremos agrupá-los, de acordo com a roda, e a cada dia, completá-la para mais facilmente descobrir-mos mais um pouco desta infindável, poderei dizer: "Janela de Cheiros"
Maçã
O aroma a maçã
apresenta-se nos vinhos de formas bastante distintas, reportando-nos às mais
variedades da fruta, chegando mesmo a ser considerado defeito quando expresso
por aromas de oxidação.
O aroma a maçã Golden, é
frequente nos vinhos brancos jovens, tranquilos ou espumantes originários de
regiões mais frias, como por exemplo do Varosa e Nave e característico da casta
Chardonnay, da Malvasia Fina e Verdelho, quando instaladas neste tipo de climas.
Por outro lado o aroma a
maçã Reineta, mais discreto, suava e sofisticado, mas também mais ácido
manifesta preferencialmente em vinhos espumantes ou champanhes mais simples
elaborados a partir das castas Pinot Menieur, nos brancos da região francesa de
Chablis ou ainda nos Sauvignon Blanc de Bordeaux.
Como defeito, manifesta-se
aromaticamente com nuances de fruta muito madura, antevendo problemas de
sobrematuração ou oxidação do vinho branco.
As substâncias químicas
responsáveis pelo aroma a maçã são: maçã verde o trans-2- hexenal para aromas a
relva cortada/uva verde: cis-3-hexenol.
Marmelo
Considerado um aroma
secundário, o aroma a marmelo é característico dos vinhos brancos evoluídos e
frequente na casta Chenin Blanc, a partir das quais são elaborados vinhos
brancos secos e espumantes, que libertam suaves fragrâncias de marmelo
conjugadas com tília. Em Portugal é particularmente comum em vinhos maduros, provenientes
da casta Marufo (Mourisco), fazendo lembrar notas de compota.
Presente, embora menos
frequentemente em tintos e roses, esta nota aromática manifesta-se na sua
plenitude nos vinhos da casta Chardonnay, que lhe confere elegância e subtileza
num estado de maturação mais evoluído.
Nos vinhos elaborados com
uvas resultantes de podridão nobre, as frequentes notas de marmelo aparecem
muitas vezes associadas a suaves perfumes de mel, frutos secos e à elegante
acácia.
Ananás
O perfume exótico do
ananás é um aroma primário pertencente à família frutado e presente exclusivamente
nos vinhos brancos jovens.
Em Portugal este aroma
manifesta-se frequentemente nos brancos provenientes das castas Arinto e
Alvarinho ou até mesmo de Síria, desde que fermentados a baixas temperaturas. A
casta internacional Chardonnay ou a Riesling, quando provenientes de climas
frios, manifestam também este característico aroma, muitas vezes associado ao
limão ou lima.
Por outro lado o aroma a
ananás maduro, com aromas mais subtis, finos e elegantes são passíveis de ser
encontrados em brancos mais velhos, estagiados em madeira e, associados aos exuberantes
e agradáveis aromas a melão maduro.
As substâncias químicas
responsáveis pelos aromas a ananás são o butirato de etilo e o butirato de
isoamilo.
Sem comentários:
Enviar um comentário