domingo, 29 de janeiro de 2012

A que cheiram as castas portuguesas - Castelão


  Castelão


Dotada de um elevado poder de adaptação a diferentes condições climáticas, é na região de Palmela, sob solos de areia e escassez de recursos hídricos que a casta Castelão, anteriormente conhecida como Periquita, se manifesta na sua plenitude. Espalhada um pouco por todo o país, idos são os tempos em que a casta era presença obrigatória em terras alentejanas. No entanto, fruto do seu comportamento pouco favorável nesta região, originando vinhos pouco equilibrados, magros e de fraca concentração de cor, a sua presença tem vindo a decrescer. Que justiça lhe seja feita e, se é verdade a sua inconsistência e leveza de vinhos à pouco referida, também é verdade que, em solos mais pobres, essencialmente arenosos, e escassez de água, esta tem um comportamento invejável. Produz vinhos cheios, estruturados, ricos em taninos e libertando agradáveis aromas a framboesa, ameixa e groselha, permitindo desfrutar dos seus atributos durante vários anos de guarda.

Adaptado de "Aromaster" para as castas portuguesas


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