Vinhos e Produtores


VINHOS NACIONAIS

ALENTEJO




HERDADE DAS SERVAS






Da família Serrano Mira, a Herdade das Servas é actualmente um ícone dos vinhos do Alentejo.
Conhecidos e apreciados pelos consumidores nacionais e estrangeiros a Herdade das Servas, marca pela qualidade, originalidade e pró-actividade em actividades relacionadas com o vinho.

A sua herdade, numa das mais nobre regiões do Alentejo- Estremoz, ocupa uma área de cerca de 200 hectares de vinha de idades que variam entre os 20 e 60 anos. Esta variabilidade e constante modernização, que na vinha quer ao nível da adega e vinificação permite a elaboração de vinhos com características bastante distintas e que satisfazem a todos os gostos.






MONTE DAS SERVAS ESCOLHA 2010







Vinho tinto elaborado a partir das castas Aragonez, Trincadeira Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, este tinto veste de cor rubi carregado. Libertas suaves fragrâncias a  frutos vermelhos, um ligeiro toque vegetal e um muito ligeiro pimento verde. Na boca apresenta-se bem integrado  de taninos estruturados, ligeiros, onde sobressaem apontamentos frutados e vegetais. Permanece num agradável final de boca, leve e gracioso.

Castas: Aragonez, Trincadeira Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon.

Grau alcoólico: 14%
Produtor: Serrano Mira | Herdade das Servas
Contactos: herdadedasservas.com



MONTE DA CAL 



A Dão Sul, com adegas espalhadas por várias regiões vitivinícolas, inclusivamente no Brasil, fez uma aposta arrojada e bem sucedida no Alentejo. A comprovar estão os vinhos do "Monte da Cal", nascidos da mais de uma centena de hectares espalhados pelas vastas planícies do Alto Alentejo, bem perto de Fronteira, a cerca de 35 km de Portalegre.

Aqui são privilegiados os encepamentos tintos, ocupando grande parte da área de vinha, onde se destacam as castas: Aragonez, Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Syrah, Merlot e Trincadeira. Daqui nascem os vinhos "Monte da Cal", nas versões: colheita, reserva e monocastas, bem como a "Vinha Saturnino".
Das castas brancas e as mais antigas da casa podemos encontrar o Antão Vaz e o Arinto, fazendo actualmente parte do encepamento outro conjunto de castas que vêem marcando posição na escolha do produtor.


Monte da Cal 2009



Vinho de cor granada escuro com ligeiros laivos acastanhados, liberta suaves apontamentos a fumo e a frutos silvestres. Na boca revela-se bem estruturado, suave, taninos macios, destacando-se notas de compotas de frutos silvestres, e um ligeiro fumado no final de boca. 
Suave, equilibrado e bem estruturado, deixa um final de boca agradável e não muito marcante.
É um vinho fácil de gostar, não demasiado complexo e macio.

Castas: Touriga Nacional, Aragonez, Alfrocheiro e Alicante Bouschet

Ano: 2009

Grau alcoólico: 13,5%

Produtor: Dão Sul

Prémios: Mundus Vini 2012

Contactos:
www.daosul.com












MONTE DA COLÓNIA



Ao longo dos 500 hectares das vastas planícies alentejanas, situa-se o “Monte da Colónia”, projeto familiar que teve a sua génese nos anos 80.


Inicialmente dedicado à produção tradicional de azeite, o olival encontra-se disperso ao longo de 50 hectares da exploração, onde predominam as variedades Cobrançosa e Galega, sob métodos tradicionais de fabrico.


A restante área é povoada por duas manadas de vacas de raça Limousine e Limousine cruzadas de Alentejanas, acompanhadas de pequenos ovinos de raça Merino que dividem o espaço e as verdejantes pastagens alentejanas.


No início do ano 2000,pelas mãos dos filhos, António e Manuela, o “Monte da Colónia” rejuvenesce, com a modernização do lagar e a instalação de 15 hectares de vinha.


Atualmente em plena produção, as castas Trincadeira, Alicante Bouschet, Castelão, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Syrah dão corpo e alma aos vinhos do “Monte da Colónia”. Sob a experiência e dedicação do enólogo Rui Vieira, os novos vinhos marcam pela qualidade e tradicionalidade do terroir alentejano.








A dar os primeiros passos, a “Loja do Monte da Colónia” expõe e comercializa, além dos produtos da herdade, muitos outros produtos tradicionais oriundos de diversas regiões do país.


Aí podemos encontrar os azeites, na versão virgem e virgem extra, azeitonas em conserva, além dos vinhos: branco, tinto e rosé.



“Monte da Colónia |Branco|2011

Casta: Arinto
Álcool: 13,5% Vol

Notas de Prova: de cor amarelo esverdeado, liberta aromas a frutos tropicais, citrinos e um ligeiro toque floral. Na boca marca pela frescura e acidez, toque untuoso, permanecendo num final de boca médio e fresco.












  
    PINGA AMORES




Dita a lenda que, na serra de Mata Mouros, atualmente conhecida como Serra de Mata Amores-Serra da Senhora da Penha, vivia uma princesa moura de inigualável beleza e elegância. Isolada no interior da serra a princesa aparecia nas manhãs de São João, descendo a serra com uma cesta de uvas na cabeça, encantando todos os que com ela se cruzavam, fazendo-os desaparecer, para nunca mais serem vistos.

É nestas mesmas encostas, que anteriormente abrigaram a princesa moura, que atualmente estão instaladas as vinhas da Senhora da Penha.

Propriedade de Rui Filinto Fernandes em parceria com o enólogo Celso Pereira, a Senhora da Penha, detém 7 hectares de vinha, berço do Pinga Amores.

As vinhas, dispostas ao longo das ingremes encostas da serra, são compostas unicamente por castas tintas. Numa perfeita comunhão entre as castas portuguesas, Trincadeira, Aragonez, Touriga Nacional e as mediáticas internacionais Syrah, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon, a vinha é gerida sob rigorosas técnicas vitivinícolas, preservando as caraterísticas e expressão máxima de cada uma das variedades.

A serra confere-lhe a frescura e tipicidade de um terroir único, de um Alentejo mais elevado, mais denso e biodiverso. Num ponto alto, onde a terra toca o céu, as temperaturas são mais amenas, a brisa flui, o tempo passa devagar e aos poucos, mês após mês, podemos deliciar-nos, com o renascimento anual da vinha.

É desta aliança, entre o Homem e a Natureza, que nasce o Pinga Amores, nas categorias de Colheita e Reserva.

O Pinga Amores Colheita 2009, resulta da conjugação das melhores uvas, numa conjugação entre Aragonez, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Trincadeira. Apresenta-se de cor rubi carregado, diria mesmo profundo, libertando suaves aromas a frutos silvestres, amoras, framboesas e um toque discreto e bem conjugado a madeira. Com a evolução as notas evoluem para compotas de ameixa e frutos silvestres, abaunilhados e um ligeiro toque de especiarias. Na boca revela-se macio, estruturado, encorpado de taninos suaves e delicados, deixando uma suave sensação de satisfação.
O Pinga Amores Reserva 2009, é elaborado a partir das castas Syrah e Touriga Nacional. De grande frescura, os aromas vão-se libertando sucessiva e lentamente ao longo da prova. Desprendendo nuances de fruta madura- compotas de frutos vermelhos, um ligeiro vegetal evoluído, termina com suaves laivos abaunilhados e tostados. Na boca é estruturado, sedoso, de acidez equilibrada e delicadeza de taninos, antevendo uma boa evolução.



Da princesa moura há muito que nada se sabe, mas a mim parece-me que, desta feita, foi a princesa moura que se encantou com o Pinga Amores, se refugiou nas encostas da serra e espera pacientemente a cada ano, por uma nova colheita. A todos vós sugiro que contemplem a Serra e se deixem seduzir pelo Pinga Amores.






TERRENUS VERITAE


Situada numa das mais privilegiadas regiões do Alentejo, Besteiros, freguesia de Alegrete, Concelho de Portalegre, dá berço a este novo projecto. Integrada no seio do Parque Natural da Serra de S. Mamede, onde a biodiversidade, a poli cultura e os métodos de agricultura tradicionais, pintam um quadro de um Alentejo profundamente rural.
As grandes propriedades alentejanas, divididas em parcelas, a que chamavam de “folhas”, foram-se rendilhando e dividindo ao longo dos tempos, originando pequenas explorações que ainda hoje respondem pelo seu nome. A Folha do Meio é originária deste processo de divisão, envolta actualmente pelos densos povoamentos da serra, olival tradicional e pequenas hortas e pomares familiares, reporta-nos a outros tempos, vivências e experiências.
É neste contexto de ruralidade, de um Alentejo interior, de uma natureza pura e terrenos únicos, que nasce a Terrenus Veritae. Produzimos vinhos singulares, lacrados a simplicidade, tipicidade e qualidade, resultado de uma perfeita aliança entre as mais tradicionais técnicas de produção vitícola à mais cuidada tecnologia.

A VINHA
Integrada numa paisagem biodiversa, assente em solos de xisto e clima temperado, reúne excelentes condições de maturação da uva, de forma lenta e graciosa, típica desta região do Alentejo.
Ocupando uma área de 8 hectares, as vinhas, integralmente de sequeiro, distribuem-se em pequenas parcelas com idades entre os 10 e 40 anos. Maioritariamente composta por castas tintas, destacam-se as tradicionais Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, acompanhadas de uma pequena percentagem de Touriga Nacional e Syrah. O encepamento branco é composto pelas castas Arinto e Fernão Pires, conferindo aos nossos vinhos um carácter floral e frutado sem nunca perder a frescura, acidez e vivacidade, que a altitude da Serra lhe proporciona.

OS VINHOS
Sob a experiência e assinatura de Paolo Nigra, os vinhos Folha do Meio são vinificados na Adega Quinta da Queijeirinha, seguindo os mais elevados padrões de qualidade.
Totalmente equipada com as mais modernas tecnologias, as fermentações dos tintos decorrem em balseiros de carvalho, seguindo para as cubas de inox ou paras as barricas de carvalho francês, onde decorrerá o período de estágio.
Os brancos, vinificados em cubas de inox, no interior das câmaras frigoríficas, com total controlo de temperatura, permitem manter a acidez e os refrescantes aromas dos vinhos desta peculiar região do Alentejo.

FOLHA DO MEIO RESERVA 2009
Castas
Touriga Nacional, Syrah, Alicante Bouschet, Aragonez
Estágio: 12 meses barricas de Carvalho Americano e Francês

Notas de Prova
De cor granada escuro com laivos acastanhados, encerra em si suaves aromas a compota de frutos vermelhos, destacando-se a ameixa e framboesa. Mais tímidos espreitam de seguida tons herbáceos acompanhados de uma ligeira nuance a madeira. Na boca revela-se macio, equilibrado, de corpo médio, taninos macios e bem conjugados. Aqui os perfumes tornam-se mais densos, mais doces e evoluídos, onde o suave perfume a madeira e  fumo interagem de forma graciosa com os sabores doces de compotas de frutos vermelhos.



FOLHA DO MEIO TINTO 2009
Castas
Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet

Notas de Prova
De cor granada, aberto e aspecto límpido, tem um perfil aromático marcadamente frutado, onde sobressaem os frutos vermelhos maduros, ameixa e framboesa. Mais discretos vão-se libertando suaves notas herbáceas acompanhadas de ligeiras nuances a madeira. Na boca revela-se macio, equilibrado, de taninos vivos, bem integrados, que lhe conferem robustez e vivacidade.







FOLHA DO MEIO |BRANCO | 2009

Castas
Arinto, Fernão Pires

Notas de Prova
De cor amarelo citrino e aspecto brilhante, representa a perfeita ligação entre a Arinto e a Fernão Pires. Da primeira herdou o corpo, a estrutura e suavidade, da segunda, os intensos aromas florais que liberta intensamente, sem nunca perder a frescura e a acidez que nos remete aos citrinos. Na boca apresenta-se fresco, untuoso, macio e volumoso. De uma acidez controlada que lhe confere vida e frescura, permanece num longo final de boca intenso e floral.






FOLHA DO MEIO | Branco | 2011

Castas: Arinto e Fernão Pires


Em muito semelhante à colheita anterior, revela-se um vinho floral, frutado, onde os citrinos e as frutas tropicais não muito maduras marcam presença e, uma acidez revigorante, em muito caraterística da região de Portalegre, da sua altitude e da influência da Serra de S. Mamede.

É um vinho que se bebe a gosto. Marca a boca pela sua frescura e envolvência, deixando um toque de limão num final de boca equilibrado.









TAPADA DE CHAVES

Uma das mais antigas adegas de Portalegre, a Tapada de Chaves iniciou a sua produção de vinhos há de 85 anos, com a instalação de algumas das suas vinhas, existentes até aos dias de hoje.


Preservando a qualidade e a tipicidade a que já habituou os consumidores, com a manutenção de algumas das suas quase centenárias vinhas e os tradicionais métodos de vinificação, tem ao longo dos anos, lacrando o seu nome nos mercados mundiais.









Actualmente a Tapada de Chaves detém cerca de 28 hectares de vinha com idades que variam entre os 15 e 85 anos. Co-habitando brancas e tintas as parcelas quase centenárias emolduram um quadro de tipicidade que nos remete ao antigamente. Preservando as castas tradicionais da região, a reestruturação das que, pela idade não aguentaram os longos ciclos de podas e vindimas, foram dando espaço a novas instalações, com sistemas de condução em cordão bilateral mas, mantendo o património vitícola da região.


Os encepamentos, maioritariamente tintos são constituídos pelas variedades Trincadeira, Aragonez, Castelão, Alicante Bouschet,com uma pequena percentagem de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, ocupando no total cerca de 22 hectares da exploração vitícola. As brancas de menor expressão revestem 6 hectares, distribuídos pelas castas Fernão Pires, Arinto e Antão Vaz com uma pequena pitada de Roupeiro, conhecida na região pelos mais antigos como Síria.

As mais antigas, em sistema de taça, de sequeiro e produtividades extremamente baixas são o ex-libris da Tapada de Chaves. Frágeis mas maduras, pouco produtivas mas de excelente qualidade, onde a quantidade dá verdadeiramente espaço a uma qualidade e tipicidade inigualável, deram nome e corpo ao vinho Tapada de Chaves Vinhas Velhas.


Resultante de um lote criteriosamente escolhido das castas Trincadeira e Aragonez o Reserva estagia durante 8 meses em barricas de carvalho francês e amadurece mais 60 meses em garrafa. É um vinho volumoso, encorpado, estruturado, rico em aromas a compota, madeira, vestido de granada com laivos acastanhados, no qual se funde o aroma a chocolate e a baunilha.

Das vinhas mais recentes são produzidos os restantes Tapada de Chaves - Reserva tinto, elaborado com base nas castas Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet, com estágio em madeira e garrafa, apresenta-se de cor granada escuro, profundo de onde se desprendem suaves aromas a frutos vermelhos, frutos silvestres, fazendo-se acompanhar de ligeiras nuances de madeira. Na boca é estruturado, encorpado e equilibrado, com ligeiros toques de taninos ainda vivos, antevendo um grande potencial de envelhecimento.

O Tapada de Chaves Branco nasce da perfeita conjugação entre as castas Arinto, Fernão Pires e Antão Vaz. Um perfeito casamento que reúne os intensos aromas florais da Fernão Pires, aliado ao corpo e estrutura do Antão Vaz e aos aromas frescos e densos da casta Arinto.
Vestido de cor palha com laivos citrinos, liberta intensos aromas florais e frutados, onde se destacam o ananás e o limão, lembrando frescura e vivacidade. Na boca deixa uma sensação de frescura, e acidez revigorante, encorpado e bem estruturado.

Aliando as tradicionais técnicas de produção com a inovação a Tapada de Chaves foi a primeira adega no Alentejo a produzir espumante. Resultado de um saber-fazer reconhecido da Murganheira, o espumante Tapada de Chaves é elaborado segundo o método clássico, apresentando-se de elevada elegância, delicadeza e subtileza.





A adega equipada com tecnologia moderna, permite aliar as tradicionais técnicas de vinificação às mais modernas tecnologias, garantindo qualidade e tipicidade aos seus vinhos. Pela sua estrutura e construção permite que, quase a totalidade dos trabalhos seja feita por gravidade, evitando operações de prensagem e bombagem excessiva, extraindo da uva apenas o que beneficia o vinho.




Porque a tradição é valor a preservar, porque o futuro faz-se no presente, porque as coisas realmente importantes levam tempo a acontecer, a Tapada de chaves, veste os seus vinhos de uma nova imagem. No ano Internacional das Florestas, ano em que cumulativamente o Sobreiro é considerado Árvore Nacional de Portugal, a Tapada de Chaves faz a sua homenagem a esta frondosa árvore, como sinal de respeito pela natureza e pela árvore que, a cada dia veda os seus vinhos, permitindo-lhe uma maturação e evolução digna. Sinalizando os veios de corte do sobreiro, as figuras estilizadas distribuem-se ao longo do rótulo e cápsula de uma forma graciosa e cuidada, resultando numa imagem elegante e fina.



Tipicidade, qualidade, singularidade marcam desde há muito os vinhos Tapada de Chaves.







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FUNDAÇÃO ABREU CALLADO


O Horta da Palha de 2008, é um monocasta tinto de Touriga Nacional, da Fundação Abreu Callado, e pleno Alentejo. Após 6 meses de estágio em barricas de carvalho francês, apresenta-se de cor vermelho escuro com largos laivos de violeta que contrastam com a sua idade.
Os aromas primários intensamente frutados e florais da casta desapareceram, dando origem a notas  herbáceas e a frutos vermelhos, onde se destaca a ameixa já madura, fazendo-se acompanhar de apontamentos bem integradas a madeira, cacau e chocolate.
Na boca revela-se intenso, estruturado e equilibrado. Os taninos ainda vivos marcam o início de boca, seguindo-se uma sensação frutada doce, compotas de frutos vermelhos e notas de tosta, deixando um sabor a "tostado", muito provavelmente oriundo do estágio em madeira.

Não é à "toa", que este Horta da Palha se encontra adornado de selos e prémios, está muito bem conseguido! Equilibrado, marcante de taninos, sem no entanto agredirem demasiado, diria que já perdeu as suas características de juventude e está a caminhar a passos lentos mas certeiros para uma maturação que, ao que se prevê, mais delicada, harmoniosa, sedosa e equilibrada.

Prémios e Menções:

- Medalha de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos engarrafados 2008
- Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2009
- Medalha de Prata no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2009
- 1º Prémio no 5º Concurso de Vinhos Engarrafados da Confraria dos Enófilos do Alentejo
- Medalha de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos engarrrafados 2011
-Medalha de Prata no Concours Mondial de Bruxelles 2011
- Medalha Commemded no International Wine Challenge 2011


As Vinhas

Plantadas perto de Benavila, sede da Fundação, ocupam actualmente uma área de 52 hectares. 
De idades variadas, as mais antigas e ainda existentes, remontam aos anos 50, com castas tradicionais da região: Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alfrocheiro. Ao longo dos anos a área aumentou e a necessidade de aproximação das novas exigências de mercado levaram à opção de colocar outras variedades, estando actualmente integradas nos encepamentos a Baga, o Alicante Bouschet e o Cabernet Sauvignon.
As castas brancas são essencialmente o Arinto, Roupeiro e Tamarez, dando vida ao "Abreu Callado Branco". Todas elas instaladas junto da barragem do Maranhão, desfrutando de excelentes condições de desenvolvimento e maturação, neste Alentejo que pode ser tão quente e seco ao longo de mais de metade do período de vegetação da videira.

A Adega

Situada em Benavila, mantém a traça característica e original, aliada a novas tecnologias, essenciais à elaboração de vinhos desta qualidade.  

Vinhos da Fundação Abreu Callado

Tintos

- Dom Cosme Reserva
- Horta da Palha
- Cadeira da Moira
-Abreu Callado Reserva
-Abreu Callado Regional Alentejano
- Fundação Abreu Callado Bag-in-box 

Brancos
- Abreu Callado

Licoroso Branco
-Abreu Callado



Sobre a Fundação Abreu Callado 

Decorria o ano de 1848, quando Cosme de Campos Callado, fundava a Fundação Abreu Callado. Com directrizes socio-educativas a Fundação criou um asilo para apoio a idosos e carenciados da região, apoiando desta forma os seus trabalhadores e todos aqueles que ali (Benavila) vivam. Mais tarde funda a Escola agrícola visando o ensino de técnicas e práticas aos filhos dos trabalhadores, com o objectivo de dar continuidade a um trabalho numa instituição, que também seria a sua casa. Esta escola ainda existe actualmente, agora de carácter mais geral e de portas abertas a todos.

Na área agrícola, além da produção de vinhos a Fundação também se dedica à criação de ovinos de raça Merina e bovinos de raças, Alentejana, Charolês e Limousine.

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LIMA MAYER

… não há duas… sem três!







É costume dizer-se que… não há duas sem três, foi isso mesmo que aconteceu com os Vinhos Lima Mayer. Após verem o seu Petit Verdot ser considerado um dos cinco vinhos altamente recomendados pela revista Wine, é a vez do Lima Mayer Reserva 2007, trazer uma medalha para casa, este vindo do Brasil, o Reserva obteve 95 pontos na Vinhos Magazine, o que lhe conferiu o primeiro lugar, entre os vinhos do Alentejo e Algarve. Logo a seguir, o Lima Mayer, também da colheita de 2007, arrecadou a medalha de ouro no “China Sommelier Wine Challenge” em Shanghai, um dos mais importantes concursos de vinhos do país.
Boas noticias para esta adega, que vê agora reconhecido o seu trabalho, a sua dedicação e a vontade de fazer sempre mais e melhor. Surpreender o consumidor é a sua meta e o seu maior desafio, criar vinhos distintos, que surpreendam e que marquem pela sua personalidade.
Nascidos sobre os  rústicos solos do Alentejo, sob condições climáticas marcadas pelas elevadas temperaturas que marcam os meses de verão, a escolha criteriosa das castas, Cabernet SauvignonPetit Verdot, SyrahAlicante Bouschet e Aragonez, conferem a estes vinhos um forte carater aromático, uma estrutura e personalidade  marcante.
Tudo isto acontece na Quinta de S. Sebastião, localizada a poucos kilómetros de Monforte, num Alentejo muito interior, onde a paisagem bucólica das vastas planícies, se insere num ambiente de pleno equilíbrio. A vinha instalada em pequenos talhões, alternam com o montado de sobreiros e azinheiras, de onde podemos avistar o voo dos pássaros ou os irrequietos veados que povoam a quinta.
Relativamente aos vinhos e, ao que podemos esperar da vindima de 2011, apraz-nos dizer que, o rosé já nasceu, o mais jovem do portfólio, vestido de cor cereja, é bastante fresco e aromático, exalando notas de morango e cereja, fazendo-nos antever uma boa companhia para os dias mais quentes. 
Pelos restantes vamos ter que esperar mais tempo. Os “Lima Mayer Reserva, Petit Verdot e Subsídio” só estarão disponíveis mais tarde, após o estágio nas barricas de madeira, que lhes irá conferir mais estrutura, mais elegância e uns agradáveis aromas abaunilhados, fumados, mais complexos e evolutivos.


Não resistimos em provar o Lima Mayer Reserva da colheita de 2007, vencedor de tantos prémios e merecidos elogios. Elaborado com as castas Syrah, Alicante Bouschet e Petit Verdot, este tinto estagiou 18 meses em barricas de carvalho francês, revelando na prova agradáveis aromas a frutos maduros, amoras e ameixa deixando sair algumas nuances de madeira. Na boca apresenta-se bastante encorpado, equilibrado, de taninos firmes. Os aromas de boca são bastante complexos, fazendo lembrar a baunilha, notas tostadas de café, algum achocolatado, revelando-se ainda mais agradável na boca que nos aromas. Com um final de boca bastante persistente, fazendo-nos crer que ainda apresenta excelentes capacidades de envelhecimento em garrafa.
Caracterizados pela sua elegância e equilíbrio, os vinhos revelam-se na sua generalidade, bastante aromáticos, estruturados, fruto de todo um trabalho cuidado, ao longo dos 20 hectares de vinha da quinta.
Poderá visitar a Quinta de S. Sebastião através do endereço www.limamayer.com ou, porque não, visitando-a pessoalmente!
                                                                                              





O rosé de 2011, elaborado com base na casta Aragonez, revelou-se límpido de aspecto e de uma tonalidade rosa avermelhado. De aromas frescos a fruta verde, sobressaem notas de morango, cereja e algum vegetal. Fresco e acídulo quanto baste, na boca é bastante agradável, perfeito para nos acompanhar nas tardes mais quentes deste verão.

Ano: 2011
Casta: Aragonez






Petit Verdot... bem o Petit Verdot deixa-nos sem palavras. Após estagiar durante alguns meses em barricas novas de carvalho francês, este vinho, retinto de cor, de tons vermelho escuro, quase azulado, libertas fortes aromas a frutos vermelhos, como a amora, a ameixa, fazendo-se acompanhar de um bouquet floral, bastante agradável.

Na boca é um vinho extremamente macio, equilibrado, com alguns taninos que lhe dão vida e complexidade.

De elevada persistência, deixa uma agradável sensação de frutos muito maduros, compotas, apontamentos de baunilha e uma elevada promessa de um agradável amadurecimento.

Ano: 2008
Casta: Petit Verdot


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HERDADE DO MOUCHÃO


Situada a poucos km da pequena vila de Casa Branca, a Herdade do Mouchão, produz vinhos desde há muito. Mantendo a tradição vinícola inalterável desde os anos de 1901, tem ao longo dos tempos, obtido um reconhecimento de tradição, qualidade e de um saber fazer ancestral, que lhes permite ser reconhecido um terroir único e específico, nas tão vastas terras alentejanas.
Mantendo a traça antiga, a adega do Mouchão permanece num edifício com mais de 100 anos, distinto e bem conservado, onde co-habitam equipamentos de vinificação antigos, como os lagares de pedra, onde ainda hoje, pé ante pé, se esmagam as uvas oriundas das uvas da herdade, os túneis de carvalho que abrigam o vinho durante a sua maturação, e as tradicionais barricas de carvalho francês.
A vinha, dividida em pequenas parcelas distribuídas ao longo da herdade, ocupam cerca de 38 hectares.
Com diversas idades e variedades, as mais antigas assentam em solos de aluvião, num terroir único, que lhe confere reconhecimento mundial, como um pedaço de terra inigualável, num “mar de terra” no Alentejo. A casta aqui introduzida há mais de 100 anos, o Alicante Bouschet, expressa-se de forma exclusiva, graciosa e irreproduzível.
As restantes parcelas crescem nas mais diversas parcelas, sob identidade portuguesa: Castelão, Trincadeira a Aragonês nas tintas e Arinto e Fernão Pires, nas brancas.
É destas castas que nascem os vinhos HERDADE DO MOUCHÃO.
Detentora de quatro marcas distintas: Mouchão, Dom Rafael, Tonel 3-4 e Ponte das Canas, são docemente acompanhadas pelo licoroso Mouchão. Todos vinhos de uma qualidade e um know how adquirido há muito, trabalhados cuidadosamente ano após ano, pelas hábeis e experientes mãos do enólogo Paulo Laureano.

A nossa prova recaiu sobre o Dom Rafael 2008. O Dom Rafael advém do nome de um dos primeiros proprietários da adega, remontando o seu lançamento ao ano de 1990.
É um vinho de lote que engloba a totalidade das castas tintas produzidas na herdade, segundo métodos tradicionais, com estágio de um em madeira de carvalho, precedida por seis meses de maturação em garrafa.



Notas de Prova:
De cor granada com ligeiros laivos acastanhados, liberta aromas de ameixa madura, frutos vermelhos e ligeiros toques de madeira. Na boca revela-se macio, bem integrado, suave, de taninos discretos e bem incorporados.
Pontuação: 15 valores
Mais um vinho alentejano a não perder!



Deixo-lhe um vídeo sobre a Herdade do Mouchão





Contatos:
telf: 268 539 228


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CASA DA URRA


Situada a poucos kilómetros de Portalegre- Alentejo, a Casa da Urra prima pela elaboração de vinhos Alentejanos de qualidade.

As vinhas instaladas na Herdade do Carvalhal, têm ao longo dos ultimos anos, após a aquisição da herdade pelos atuais proprietários, sofrido algumas restruturações e aumentos.

As castas instaladas, passam em grande parte pelas tradicionais castas portuguesas, com um "apimentar" de algumas das mais prestigiadas castas internacionais.

Na prova o vinho CASA DA URRA - branco 2010 revela exatamente caraterísticas desta região alentejana, tão distinta e marcante.

Aconselhamos o vídeo abaixo, de apresentação da CASA DA URRA.




Notas de Prova:

Límpido de aspeto e de uma cor amarelo citrino, este branco de 2010, revela-se no nariz com uma enorme exuberância aromática. Aromas citrinos, doces e extremamente florais, marcam a primeira abordagem. Após a agitação suave do copo, os aromas mais discretos e envergonhados vão aparecendo sob a forma de suaves nuances de casca de laranja, ananás muito maduro e no final um ligeiro toque mineral.

Na boca a sensação é bastante agradável! Se a expetativa era muito grande em termos de aromas, na boca a surpresa continua!
De uma acidez suave, bem integrada, prevaleçem os "aromas de boca" a doce e flores. No final, após a ingestão sobressaem alguns toques amargos que faz lembrar a casca de laranja.

Bastante bem estruturado, cheio, untuoso é um vinho bastante equilibrado e agradável.

Fico no entanto com sérias dúvidas relativamente às castas que o produtor coloca no rótulo, os aromas libertados fazem-me parecer um blend bastante mais complexo e variado do que as duas castas referidas pelo produtor! Será que não nos quer revelar algum "segredo"??

Vamos esperar por mais surpresas da CASA DA URRA! Com a contratação recente do enólogo Rui Reguinga, apraz-nos esperar e ver como evoluem estes vinhos que já se distingem pela qualidade e harmonia!

Pontuação: 16 valores



Casa da Urra | Portalegre | Alentejo| Portugal

http://www.casadaurra.com/




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MENSAGEM DE...
“O que começou por ser um grande sonho encontra espaço e caminho para se tornar num projecto de vida e se concretizar em grandes vinhos”
João Lourenço Sales
... ALTAS QUINTAS


Situada no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede, a propriedade de Altas Quintas, divide a sua exploração entre os 48 ha de vinha, 80 ha de pinheiros, 50 de fruteiras e ainda 8 ha de olival, mas é nos vinhos que o produtor João Lourenço vê concretizado o seu sonho, sonho esse que se transformou em Obsessão. Obsessão por produzir vinhos alentejanos, obsessão por produzir vinhos de elevada qualidade, obsessão por produzir vinhos distintos, que absorvem todo o terroir, que extraem o potencial da sua selecção de castas e todo o trabalho e dedicação na criação dos seus vinhos.
As vinhas estão instaladas numa extensão de 1800 m num planalto da Serra de S. Mamede, a altitudes que variam entre os 550m e 650m, estando toda ela orientada Norte-Sul, sob solos de xisto e granito. 



Altas Quintas Branco 2010


Elaborado a partir das castas Verdelho e Arinto, o vinho Altas Quintas branco 2010, fermentou em barricas novas de carvalho, onde permaneceu durante 4 meses. Notas de prova: de cor pálida com laivos palha apresenta-se no aroma com agradáveis notas de fruta tropical e florais, podendo ainda identificar-se alguns apontamentos a baunilha e especiarias. Na boca apresenta uma refrescante acidez, com notas cítricas e minerais, bem como um equilíbrio das notas a fruta madura e madeira bem conjugada. No final prevalece um ligeiro abaunilhado de boa persistência.

Pontuação: 16,5 valores





O Altas Quintas tinto 2007, foi mais uma agradável surpresa, de cor granada, liberta aromas a frutas e compotas, com destaque para a ameixa e frutos silvestres. Resultantes do seu estágio em madeira durante 18 meses, as notas de tosta e especiaria fazem-se sentir no aroma e no sabor. Complexo, bem estruturado, algo untuoso, este tinto chegou para marcar a diferença.
Pontuação: 17,5 valores



Altas Quintas Crescendo Branco 2009

Elaborado a partir das castas Arinto, Verdelho e Fernão Pires, de um brilhante amarelo palha, revelou-se de uma riqueza aromática extraordinária. Elaborado na perfeição, conseguiu reunir o melhor de cada uma das suas castas, a frescura e acidez vibrante do Arinto, a untuosidade e corpo do Verdelho e as notas aromáticas inebriantes do Fernão Pires. As notas florais libertam-se graciosamente durante a dança do copo, seguindo-se mais discretas, as notas cítricas e o ananás maduro. Mais envergonhadas vão-se libertando nuances a casca de laranja e um ligeiro toque mineral. Na boca revela-se untuoso, encorpado de uma acidez que lhe dá vida. Os aromas de boca além dos sentidos no nariz, aparece um toque ligeiramente meloso.
Bastante agradável, aveludado, de grande frescura e boa persistência, em tudo revela o terroir que lhe dá origem.
Pontuação: 16 valores



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Fundação Eugénio de Almeida

Fundada em 1963 pelo Engª Vasco Maria Eugénio de Almeida, a FEA é uma instituição de direito privado e utilidade pública que tem como missão promover o desenvolvimento cultural, social e educativo da região de Évora.
Na sua vertente agrícola a FEA é constituída por diferentes propriedades, produzindo vinhos e azeite, sob denominação de Évora- Alentejo.

Quinta de Valbom




A antiga adega, originalmente Casa de repouso da Companhia de Jesus, é atualmente centro de estágio dos vinhos da FEA.
É também aqui que, desde 1598, no Convento de Santa Maria de Scala Coeli, os monges Cartuxos levam uma vida de solitária de reflexão e oração. Por vezes quando o silêncio se instala dos trabalhos da adega, podemos ouvir os seus cânticos, suaves, harmoniosos que nos remetem a fantasias de outros tempos e locais.
Foi em homenagem aos Monges Cartuxos e ao Convento de Santa Maria Scala Coeli (“escada para o Céu”), que a Fundação apelidou os seus memoráveis vinhos de: Cartuxa e Scala Coeli.
Mais recentemente a Quinta do Valbom é polo de enoturismo, cativando os seus clientes e visitantes com a abertura do Wine Bar. Espaço agradável, simples, elegante onde se podem provar os vinhos e azeites da fundação.

Herdade de Pinheiros

Aqui a paisagem perde-se de vista pelas vastas tonalidades acastanhadas que contrastam com o verde das vinhas.


A Herdade de Pinheiros é agora terra mãe da nova adega. Estrutura majestosa, moderna e extremamente bem equipada, faz face aos 3 milhões de garrafas que a FEA produz anualmente.
Construída a 7 metros de profundidade e equipada com um sistema de frio integral, a adega permite a movimentação e transferência de massas, totalmente por gravidade. O sistema de refrigeração e triagem das uvas encontra-se dividido em várias fases, permitindo uma escolha efetiva das uvas de melhor qualidade.

Marcas

As marcas disponíveis no mercado são: Pêra-Manca, Scala Coeli, Cartuxa, Foral de Évora, EA e o primeiro espumante DOC do Alentejo-Espumante Cartuxa.





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LAPA DOS GAIVÕES

                                                                               Decorria o ano de 1997 quando é constituída a Sociedade João Teodósio Barbosa e Filhos Lda. Empresa dedicada aos vinhos, alarga a sua zona de produção, já existente em Santarém e Rio Maior e instala-se também no Alentejo. Manter uma linha sofisticada e sóbria, tentando adaptar-se aos tempos modernos mas com os olhos no futuro, criou para a sua marca uma imagem única e cheia de significado – ROSA AZUL. A ROSA, símbolo de perfeição e inatingível, veicula o compromisso que a empresa tem com todos os que se relaciona, deixa a promessa de fazer sempre mais e melhor o AZUL, sinónimo de equilíbrio e tranquilidade, de confiança e rigor, de trabalho e serenidade, são premissas para o sucesso desta sociedade.
Com o objectivo de produzir grandes vinhos, reunindo gerações numa partilha de experiências de carácter familiar, instala a sua vinha com cerca de 10 ha no ano de 1999/2000. Situada a Sul da Serra de S. Mamede em Esperança, Concelho de Arronches, a vinha fica assente sobre solos de natureza granítica e xisto, solos pobres de meia encosta a uma altitude que varia entre os 330 e 385m de altitude, mantida sob modo de produção biológica.
A adega nasce no ano de 2007, moderna, funcional, com uma arquitectura moderna mas perfeitamente enquadrada no resto da paisagem é o berço dos vinhos desta empresa: sob o nome de Lapa dos Gaivões, podemos encontrar o reserva Syrah, o reserva e o Lapa dos Gaivões.
Elaborado à base de Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Syrah, o Lapa dos Gaivões é um vinho fermentado em lagares de inox, onde se faz a pisa de modo tradicional, mantendo ao máximo a qualidade das uvas. De cor granada profundo liberta aromas característicos a frutos silvestres, maduros e algumas notas de baunilha, bastante equilibradas, resultantes do estágio em madeira. Na boca revela grande estrutura, taninos bem integrados marcam delicadamente este vinho.
O Lapa dos Gaivões Reserva - Syrah, o monocasta alentejano da sociedade, é elaborado a 100% com a casta que lhe dá nome. Passando por um estágio de 12 meses de carvalho francês “Allié” e americano, confere-lhe uma coloração granada bastante intensa. No nariz dominam os frutos vermelhos bastante maduros, fazendo lembrar as compotas e notas de baunilha. Na boca, grande estrutura, bom equilíbrio de taninos, revela-se macio, encorpado e com um final de boca prolongado.
Vinhos marcadamente Alentejanos!

Pontuação: 15 valores




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MALHADINHA NOVA

Com uma das mais belas planícies do Alentejo, onde o verde dos campos intercala com o amarelo dos girassóis, o baixo Alentejo revela-se também em grandes extensões de vinha e olival. Desmistificado há muito que esta região, essencialmente a Vidigueira, era região de vinhos brancos, os tintos chegaram e afirmaram-se, não deixando margem para dúvidas!
Caminhando um pouco mais para baixo, chegamos a Albernoa, mais exactamente à herdade da Malhadinha Nova. Num ambiente calmo, tranquilo, somos recebidos e informados de que temos que esperar um pouco pela abertura do restaurante. Sem pressa, aproveitamos e passeamos um pouco, começando por visitar as vinhas. Assentes sob solos de xisto, distribuídas pelas suaves encostas da propriedade, as vinhas começam a ganhar cor lembrando-nos que a vindima não tarda. Feita na sua totalidade manualmente, as uvas são cuidadosamente levadas para a adega, onde se faz uma selecção bastante criteriosa para garantir que, apenas as melhores entrarão nos vinhos da herdade. As castas, essas, são essencialmente tintas, onde encontramos Aragonês, Touriga Nacional, Trincadeira, Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Alfrocheiro, relativamente às brancas prevalece o Arinto, Roupeiro, Antão Vaz e Chardonnay.
Passamos à adega, construída com tecnologia moderna, trabalhando essencialmente por gravidade, para evitar que a acção das bombas prejudiquem a qualidade da uva, recebe as uvas nos seus lagares onde tradicionalmente, pé ante pé, são esmagadas por quem lá trabalha.
Abrem-se as portas do restaurante! Enquanto degustamos uma tábua mista de queijos e enchidos, provamos o azeite da Malhadinha. Elaborado a partir da variedade galega que habita no olival tradicional, mostra-se bastante fino e agradável.
Chegam os tão esperados vinhos! Como ainda está calor lá fora, resolvemos começar com os brancos. Provamos Antão Vaz, Monte da Peceguina e Malhadinha Nova, todos de 2010. O Malhadinha Nova de cor citrina, revelando a sua tenra idade apresenta um bouquet bastante complexo a frutos maduros a laranja, ananás com ligeiras nuances de passa e baunilha. Na boca os sabores são discretos, prevalecendo o fumo, tabaco resultante do estágio em barricas. Com acidez marcada que lhe confere vivacidade e frescura, deixou-nos deliciados.
Continuamos a prova com o Monte da Peceguina Rosé 2010, de cor cereja, rico em álcool (14%), liberta aromas a frutos vermelhos com notas herbáceas. Elaborado a partir das castas Touriga Nacional e Aragonês, revela-se com uma ligeira acidez na boca, taninos marcados prevalecendo uma sensação de secura na boca. Os aromas sentidos são agora mais discretos desaparecendo gradualmente.
Chegou a vez dos tintos! Aqui a escolha ainda se torna mais difícil, desde os monocastas ao Marias da Malhadinha e ao Pequeno João, os tintos revelam-se no seu geral vinhos encorpados, complexos de elevada intensidade aromática. Marcados pelas suas castas e pelo estágio em madeira são vinhos elegantes, reflexo de toda a dedicação com que são elaborados!
O monocasta 2008 de Touriga Nacional, apresenta-se de cor rubi, profundo, desprendendo aromas a frutos vermelhos bastante maduros, onde podemos identificar a ameixa e os frutos silvestres. De sabor aveludado a frutos vermelhos, ressaltam alguns toques de madeira sem lhe retirar o equilíbrio e a elegância. De persistência mediana, deixa um agradável final de boca.
Também nós ficámos com um agradável final de boca e de dia, pelo excelente espaço, atendimento e claro, pelos fantásticos vinhos que provámos!
Até breve e… bons vinhos!
PROVA DOS BRANCOS


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MIGUEL ELOY PRAZERES

Do produtor Miguel Eloy Prazeres, sediado no Alentejo, o Fidúcia Reserva - Shyraz em prova, é um alentejano com "sotaque" francês. Elaborado exclusivamente com base na casta Shiraz, revelou-se na prova com características muito próprias da casta francesa que, tão bem se adaptou ao Alentejo. Fruto do nosso clima específico de verões quentes e secos, e de solos pobres na sua generalidade, imprimem aos vinhos uma complexidade, corpo e estrutura muito próprios. 
Com uma produção que ronda as 3000 garrafas/ano, tive o prazer de provar os anos de 2006 e 2007.

Fidúcia Reserva- Shiraz 2006

De aspecto límpido e profundidade média (próprio de um monocasta de shiraz), apresentou-se vestido de um granada escuro onde sobressaíam ligeiras tonalidades acastanhadas, denunciando a sua idade.
 Exalava aromas intensos a frutos vermelhos (ainda) e um ligeiro toque herbáceo. Com o tempo e após deixar "respirar", libertou suaves nuances adocicados e um suave café.
De sabor macio, amadeirado, os aromas de boca acrescentaram maturação ao vinho, libertando aromas a compotas e um ligeiro herbáceo.
De persistência e corpo médio é um agradável vinho para o dia a dia.

Fidúcia Reserva- Shiraz 2007

Comprovando, ou pelo menos tentando, de que a idade vai efectivamente alterando o vinho nos seus aromas e sabores primários, este vinho de 2007, revelou-se mais vivo e  adstringente (ainda que ligeiramente), que o anterior. Com menos um ano, as diferenças a apontar não são de todo relevantes para a evolução. De cor em muito semelhante ao anterior e contrariamente ao esperado este 2007 apresentou-se com tonalidades castanhas bem mais marcantes. Nos aromas prevaleceram os frutos vermelhos e herbáceos, na boca pareceu-me bem mais agradável que o anterior, como que resultante de um estágio ou evolução mais benéfica para o vinho.
Mais "vivo" e complexo na boca, de corpo médio é um vinho bastante agradável para acompanhar com peças de caça ou carne à alentejana não muito condimentada.

No seu geral pareceram-me vinhos elegantes, discretos e suaves, ideais para consumir no dia a dia, sós ou acompanhados com comida regional, desde que não muito condimentada.


Pontuação: 14 valores

Produtor: Miguel Eloy Prazeres
Ano: 2006/2007
Alcool: 13%
Casta: Shiraz




VINHOS VERDES



Convento Val de Pereiras

Situada em Ponte de Lima, em plena região dos Vinhos Verdes, a Quinta do Convento de Val de Pereiras, é um local de refúgio, de paz e tranquilidade para quem se quer afastar da rotina diária.
Anteriormente um convento que albergou monges e frades, o Convento é actualmente um espaço lúdico, aberto ao público como turismo rural, no qual os hóspedes podem participar em variadíssimas actividades rurais, nomeadamente na vinha de onde nasce o Val de Pereiras.
Reconvertida e inserida no projecto Casa do Farmacêutico, o Convento é um espaço de tranquilidade e serenidade em pleno Minho, ideal para recarregar baterias no nosso dia-a-dia.


Notas de prova:



Convento Val de Pereiras 2005- branco

Apresenta-se de cor amarelo palha revelando alguma idade, límpido e de lágrima mediana (não fossem os seus 11% de álcool)! No nariz revela aromas bastante frutados, já maduros, em conformidade com a idade e um bouquet floral digno da casta Loureiro. Algumas nuances muito suaves a especiarias, maioritariamente a canela. Na boca, ainda revela acidez, vivacidade, mantendo-se equilibrado e persistente.


Pontuação: 15 valores
Ano: 2005
Casta: Loureiro
Produtor: A ver navios
Denominação: VQPRD – Vinhos Verdes




DOURO

QUINTA DO TORGAL - BÉTULA

Bétula: árvore da família das betulaceae, conhecida e utilizada pelos nossos antepassados, pelas suas qualidades aromáticas, na elaboração de essências.

Situada no coração do Douro, a Quinta do Torgal, pertença familiar desde há muito, entendeu renovar o seu património vitícola, optando por castas que convergissem num vinho diferente, potente, de caráter marcante e, que fosse branco!

Um vinho branco fascinante, reflexo de uma vontade de fazer melhor, que tem início, quando em 2005-2006, devido à idade já avançada da vinha, se restruturam os dois hectares existentes na quinta. Desde então a vinha desenvolve-se em plena harmonia com o seu terroir, tendo o clima duriense como seu mais fiel companheiro.

 Plantada nas íngremes encostas do Douro, a 300 metros de altitude, onde o calor e o frio alternam a passos lentos acompanhando as estações do ano, onde durante o Verão, o sol tantas vezes escaldante, que os solos graníticos fazem refletir sob os cachos de uva, aos poucos vão ficando dourados, amadurecendo lentamente e, que podem agora ser provados, num verdadeiro frasco de perfume.

Assim é o Bétula 2010!

De cor amarelo citrino, de uma limpidez resplandecente e aromas verdadeiramente inebriantes, este vinho é o casamento perfeito entre a Sauvignon Blanc e a Viognier, as castas escolhidas para este néctar. Da Viognier podemos esperar tudo, aromas florais fascinantes, com um toque de doce e citrino que, numa dança incessante alternam com aromas tropicais a ananás maduro, alguma nectarina e, não tivesse ele fermentado em barricas de carvalho francês, notas suaves de baunilha e algum carvalho. Da Sauvignon Blanc extraímos o caráter, a acidez revigorante e estimulante que sentimos a cada vez que inalamos um pouco mais.
Na boca a sensação é igualmente estimulante. A Sauvignon Blanc marca o início da degustação, com a sua acidez irreverente, estimulante, conferindo-lhe vida e frescura. Imediatamente atrás, reaparece o Viognier, com o seu bouquet aromático, como que um ramo de flores e frutos cheios de vida, deixando na boca uma sensação de aromas e sabores difíceis de desaparecer.

No seu majestoso e untuoso corpo, que nos faz lembrar um vinho mais amadurecido e evoluído, envolto em fragrâncias próprias da sua idade, o Bétula vai desaparecendo suavemente na boca, mas marcando a memória de quem o prova.
Um brinde… tchim tchim!
Pontuação: 17 valores
Informações:
Produtor: Quinta do Torgal
Região: Douro
Enólogo: Francisco Montenegro
Produção: 3000-5000 garrafas/ano
Preço médio: 12 – 15 euros
Não quero terminar sem antes, agradecer à Quinta do Torgal, o envio do Bétula, para que desta forma, os leitores da Janela de Cheiros, possam conhecer este fantástico vinho que acabámos de provar.


DÃO



Quinta de Cabriz – Dão Sul



Decorria o ano de 1989, em pleno coração do Dão, nasce uma das mais prestigiadas empresas vitivinícolas de Portugal - Dão Sul.
Sediada em Carregal do Sal e inspirada na Quinta de Cabriz, rápido se torna uma referência dos vinhos do Dão.
Actualmente detentora de várias adegas espalhadas por quase todo o país a Dão Sul encontra-se presente no Dão, sua origem, no Douro, Vinhos Verdes, Bairrada, Estremadura e Alentejo. Com uma vasta equipa de profissionais a Dão sul ultrapassou fronteiras, levando o seu Know-How e a sua experiência ao Brasil, ao Vale de S. Francisco, onde produz vinhos com a elevada qualidade a que nos já habituou em território nacional.
É sob o nome de Global Wines S.G.P.S., holding criada recentemente, que a Dão Sul apresenta o seu portfólio de vinhos, azeites e queijos, que de forma tradicional, produz nas mais diversas regiões.


Breve caracterização Dão

A Região Demarcada do Dão situa-se na Beira Alta, no centro Norte de Portugal, protegida dos ventos pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e Estrela.
As vinhas situam-se entre os 400 e os 700 metros de altitude, em planaltos de solos xistosos e graníticos de pouca profundidade, onde abundam os pinhais, produzindo vinhos encorpados com elevada capacidade de envelhecimento em garrafa.
O clima de influência continental do Dão apresenta extremos, com Invernos frios e chuvosos e Verões quentes e secos. Inicialmente, a vinha foi desenvolvida pelo clero, especialmente pelos monges de Cister. Em 1908, tornou-se na segunda região demarcada portuguesa. Com a entrada de Portugal na CE, em 1986, as vinhas passaram por um processo de reestruturação, com novas técnicas vinícolas e escolha de castas apropriadas.
O Dão apresenta uma grande diversidade de castas, entre as quais as tintas Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz, e Encruzado, Bical, Cercial, Malvasia Fina e Verdelho nos brancos.


Quinta de Cabriz

Das vinhas tipicamente cercadas pelos pinhais, surgem as uvas produzidas em regime de produção integrada que estão na origem dos vinhos de acidez equilibrada e aromas delicados da marca Cabriz. Num portfólio que vai desde o Cabriz Colheita Seleccionada ao top Cabriz Four C, passando pelos espumantes e aguardentes, as uvas tintas e brancas são vinificadas numa adega equipada com a mais moderna tecnologia vinícola, laboratório de controlo de qualidade e sala de provas.

Fonte: www.daosul.com
Notas de Prova

Retirada da garrafeira, um pouco “perdida”, não esquecida, prová-mos Quinta de Cabriz 2006.

Apesar da idade, apresentou-se de uma agradável tonalidade amarelo dourada e bastante límpido.
Revelando aromas adocicados, a fruta muito madura e um exuberante aroma floral, ainda se desprendem alguns aromas primários, contrariando a sua idade.
Na boca manifestou cremosidade, untuosidade e corpo. De acidez ainda viva desprende aromas de boca a citrinos doces parecendo, laranja cristalizada.
De boa persistência, deixa uma ligeira sensação de amargo lembrando a casca de limão.
Deixamos para uma próxima o espumante e os vinhos da Dão – Sul, da região do Alentejo, sita no Monte da Cal.

Pontuação: 15 valores


VINHOS INTERNACIONAIS

FRANÇA 


Região de Champagne



Champagne Prévoteau - Perrier





Fundada em 1946 por Henri Prévoteau e sua mulher, a Casa Prévoteau, é actualmente gerida pelos seus sucessores que, com muito orgulho trabalho e dedicação, dão continuidade a um projecto de sonho há muito iniciado.




A vinha de cerca de 21 hectares, espalhada pelas encostas do Vale de Merne, em Epernay, é conhecida pela sua casta Chardonnay, de onde sai o Champagne Prévoteau-Perrier que provámos recentemente.

A propriedade, de cariz muito familiar, ancorada no coração da pequena aldeia de Damery, é previligiada pela natureza dos seus solos calcários, que acarinharam e albergaram há muito, o famoso monge que inventou o Champagne- Dom Pérignon.

Continuada ao longo de cinco gerações, os actuais proprietários, o casal Delphine Christophe, fazem gosto em perpetuar a tradição familiar, aplicando no entanto, novas tecnologias de produção e fabrico, acompanhando a evolução dos tempos, sem no entanto perder a qualidade e tipicidade de há muito.



Notas de Prova:
De um suave amarelo palha e bolha de persistência média, revelou-se bastante agradável na boca. De aromas cítricos, florais e um ligeiro amanteigado, revelam alguma complexidade e qualidade. Na boca, a efervescência dá-lhe vida e reflecte muito do sentido no nariz, fazendo-se sentir untuoso, cheio e equilibrado.




Pontuação: 15 valores

Casta: Chardonnay
Teor alcoólico: 12%

Um pouco mais sobre a região de Champanhe


É a mais setentrional das regiões vinícolas francesas e está situada a noroeste de Paris, em torno das cidades de Reims e Epernay, no vale do rio Marne. É a mais famosa das regiões vinícolas por seus vinhos espumantes sempre associados às comemorações, às relações amorosas, e, sobretudo, ao prazer.


Com uma área de vinha de cerca de 75000 ha, encontra-se subdividida em três regiões:

Côtes de blancs

Vale de Marne

Montagne de Reims



Sub- região de Côtes de blancs

Situada a sul de de Eperney, onde o subsolo é excelente para a produção de Chardonnay da mais elevada qualidade.



Sub-região de Vale de Marne


A maior das três sub-regiões, assenta em solos de origem calcária, com uma fina camada de areia, que permite além de uma excelente drenagem do solo, um reflexo solar, com condições perfeitas para a maturação das uvas. As melhores vinhas desta região estão situadas a meia encosta, o que lhes permite escapar do frio invernal e, ao mesmo tempo dos fortes calores do Verão.



Sub-região de Montagne de Reims


Fica no platô da floresta de Reims, com um microclima bastante típico e distintivo, também ele confere condições óptimas de maturação das uvas. Esta sub-região detém vários vinhos com a classificação de Premier Cru.


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Região de Côtes du Rhône


La Bernardine

Um dos produtores de vinho mais prestigiados da região de Côtes du Rhone- França, mais propriamente da sub-região de Chateauneuf du Pape, M. Chapoutier, enveredou pela agricultura biodinâmica.



Detentor de algumas parcelas de vinha todas elas seguidas por técnicas precisas e tradicionais, faz deste vinho, um vinhos de características e qualidade muito especiais. A sua produção é bastante reduzida e dispendiosa só possível, para quem acredita que a qualidade e respeito pela natureza são mais valias preciosas e indispensáveis para uma agricultura sustentável e, no qual, o terroir se expressa na sua plenitude e originalidade.








La Bernardine 2005

Elaborado exclusivamente a partir da casta Grenache, este tinto revelou matizes granada escuro e de fortes nuances aromáticas a frutos vermelhos, amora e cereja preta,  já em estado avançado de maturação, lembrando compotas, seguido de apontamentos a chocolate. Na boca apresentou-se macio, equilibrado, de taninos muito suaves. Corpo robusto revelou no entanto um final de boca relativamente curto.

Pontuação: 17 valores






Um pouco mais sobre a região de Côtes du Rhone

Côtes du Rhône


A A.O.C. Côtes du Rhône é quase uma continuação da Borgogne, ao sul da cidade de Lion. A sua parte setentrional (norte) vai da cidade de Vienne até a cidade de Valence. A sua parte meridional (sul) estende-se de Valence até Avignon e também avança em direção sudeste até a Provence, alcalçando as vizinhanças das cidades de Nimes, Marseille e Aix-en-Provence. Em Côtes du Rhône produzem principalmente vinhos tintos, alguns rosés e também uma pequena quantidade de vinhos brancos.
Principais castas:
Tintas: Syrah, Cinsault, Grenache, Mourvèdre, Carignan, Counoise, Gamay, Pinot Noir, Viognier, Marsanne, Roussane, Bourboulenc, Clairette e Muscat.



Appellation d'origine contrôlée ou AOC é um certificado francês que leva em conta a localização geográfica da produção de certas culturas como vinhosqueijosmanteiga e outros, produtos agrícolas todos sob a fiscalização do Institut National des Appellations d'Origine (INAO), na dependência do Ministério da Agricultura francês.
Os vinhos certificados como AOC são produzidos em terroirs delimitados, muito conceituados e têm que satisfazer todas as normas de produção, definidas por decreto. Determina a tradição que eles estabeleçam os rendimentos, um grau mínimo de graduação alcoólica e condições de envelhecimento. São mais de 400 vinhos de denominação de origem controlada existentes em França. Entre os AOCs encontramos outras classificações como Supérieur, Premières Crus, Deuxièmes Crus, Crus Bourgeois e outros na região de Bordéus ou os Crus Grands Crus da Borgonha.

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Região de Borgonha



Da região de  BOURGOGNE – BEAUJOLAIS- França, com a Classificação: CRU OF THE BEAUJOLAIS o vinho Moulin-à-Vent, foi elaborado a partir de uma das castas mais emblemáticas da região –a Gamay.



 De coloração rubi, com laivos acastanhados, libertou inebriantes aromas a frutos vermelhos, cereja, framboesa e banana, esta ultima derivada das técnicas fermentativas muito usadas na região- maceração carbónica, e notas de violeta que lhe conferem um perfume único.
No paladar revelou-se cheio de corpo, estruturado e ligeiros toques de madeira mantendo-se persistente num agradável final de boca
Ideal para acompanhar com carnes vermelhas grelhadas ou queijos com sabores robustos.

Pontuação: 17 valores



Um pouco mais sobre a região Borgogne e a sub região de Beaujolais


A Bourgogne, situada na região centro-leste do país, divide com Bordeaux o título de mais famosa região vinícola da França. A maioria das suas sub-regiões estende-se entre as cidades de Dijon, ao Norte e Lion, ao sul. A excepção, é a sub-região de Chablis, situada a noroeste de Dijon.
Ao contrário de Bordeaux, onde os tintos constituem a maioria dos vinhos mais famosos, a Borgonha possui um grande número de brancos de qualidade superior.
A Borgonha é uma das regiões mais encantadoras da Europa. A região combina uma beleza única com vinicultura, gastronomia e arquitectura medieval. Antes mesmo da França ser cristã, a Borgonha era um Ducado amplamente conhecido por sua vocação vinícola.
Com uma área de 31500 Km2, a Borgonha vive um clima que se caracteriza por Invernos bastante frios e Verões quentes.
Actualmente esta região produz cerca de 180 milhões de garrafas/ano com 99 denominações. Na verdade, cerca de 600 das suas vinhas detêm a classificação de Premier Cru e 33 Grand Cru, algumas com distinção dos melhores vinhos do mundo.
Finalmente no extremo sul do mapa, em direcção a cidade de Lyon, passamos pela grande região de Beaujolais. Uma região lindíssima com grande presença da casta Gamay.
Uma região bem distinta da Borgonha que construiu a fama de vinhos populares, fáceis, sem grandes mistérios. Vinhos de grande frescor, cítricos agradáveis. O máximo expoente da região é o Beaujolais Nouveau.



Willian Fèvre

Durante o curso de iniciação à prova de vinhos, dedicado inteiramente aos vinhos franceses, provámos vinhos de variadas regiões, entre os quais havia seleccionado dois vinhos de um mesmo produtor: Willian Fèvre. Da região de Borgonha, mais propriamente Cháblis estavam em prova Willian Fèvre Petit Chablis 2009 e Willian Fèvre Chablis premier cru 2008, ambos brancos, ambos da casta Chardonnay.


Situada numa latitude extrema para o cultivo da vinha, Chablis, a norte da Borgonha é conhecida como produtora de excelência de vinhos brancos secos. Inteiramente dedicada à casta Chardonnay e ao vinho branco, a região conseguiu impor-se mundialmente como um ícone dos brancos de Borgonha.

Assente em solos calcários e estratos de conchas de ostras pré-históricos, da era do Jurássico Superior e Kimeridgiano Médio e Superior, estes solos estabelecem uma ligação directa à imagem desta região, sendo utilizada como factor de diferenciação e marca de Chablis e dos seus vinhos, especialmente os Chablis Grand Cru e Chablis Premier Cru.

A paisagem arredondada envolta nos maciços florestais, cria condições favoráveis ao desenvolvimento da vinha. Exposto a sudoeste entre os 130 e 250 m de altitude, o Chardonnay abrolha bastante cedo, sendo particularmente sensível a geadas, muito frequentes nesta região, bem como à podridão cinzenta, dada a espessura bastante fina da sua película.

Com quatro denominações de origem (Appéllation d’Origine Contrôlée), estiveram em prova: um Petit Chablis e um Chablis Premier Cru, numa tentativa de diferenciarmos os diferentes vinhos pela sua classificação.

O Chablis Premier Cru, Willian Fèvre 2008, advém de uma das 40 vinhas seleccionadas para esta classificação, são apenas 700 ha de vinha desta região que dão origem aos Premier Cru.


De aspecto brilhante e, cor amarelo citrino de intensidade média, revelou-se limpo no olfacto. Com aromas frescos, que nos remetem para os citrinos e ananás muito ligeiro, liberta também, passado alguns minutos suaves notas florais. Jovem de aspecto e aroma, identifica-se com alguma facilidade a casta Chardonnay, e o clima frio de onde nasceu.

Na boca mostrou-se equilibrado, bastante fresco, com alguma acidez que lhe confere os já referidos aromas a limão sentidos no olfacto.

De corpo médio e persistência prolongada, este Willian Fèvre revela notoriamente a sua origem.


Pontuação: 16 valores




Posteriormente provei o Petit Chablis de 2009, em muito semelhante ao anterior, apresentou-se com acidez bastante marcada ao nível do olfacto e paladar. Seco e acídulo, nem mesmo assim deixou de mostrar frescura e algumas notas de fruta, no entanto bastante mais verdes.Agradável para uma tarde quente de Verão a acompanhar com marisco ou simplesmente para desfrutar da sua frescura.

Pontuação: 14 valores