quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vindima 2012 | O marcar das novas colheitas





Estamos em meados de Agosto, as vinhas que anteriormente, por esta data, estariam povoadas de gente e cestos, encontra-se calma, tranquila a tentar sobreviver aos calores escaldantes que se fizeram sentir durante os meses de Julho e Agosto.

Este anos mostrou-se seco e muito quente. As reservas de água foram baixando e as necessidades hídricas da vinha nem sempre conseguiram ser satisfeitas.

É um ano diferente, a maturação está atrasada cerca de 15 dias, irregulares na sua dispersão ao longo da vinha e os cachos, intercalam entre os bem formados, compactos e a amadurecer normalmente com os esgalhados de bagos pequenos, que nunca vão chegar à dimensão normal.

Relativamente ao estado sanitário, foi um ano relativamente tranquilo, à parte dos tradicionais tratamentos anti míldio e anti oídio, nada de extraordinário de revelou.

Fica a dúvida de como se apresentarão os vinhos de 2012!

Se por um lado temos uva perfeita sob o ponto de vista sanitário, teremos com certeza rendimentos mais baixos, produções mais irregulares e, em alguns casos, desconfio que poderão existir descompensações entre os açúcares e acidez da uva.

A maturação que se quer lenta, sob um luar suave, fresco e húmido, conjugada com um sol discreto que as ilumina durante o dia, vê-se a braços  com um tempo quente e seco. Esperemos que  esta segunda metade do mês seja favorável à tão necessária e correta maturação.


Maturação: período durante o qual a uva, através de processos bioquímicos e de fotossíntese, acumula açúcares e degrada grande parte dos ácidos que a compõe. A uva perde a acidez inicial natural, através da degradação do ácido málico e tartárico e acumula açúcares: glucose, frutose e sacarose em quantidades suficientes e desejáveis para que posteriormente, na fermentação esses mesmos açúcares sejam degradados originando álcool.

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