sábado, 15 de outubro de 2011

"Ao Sabor do ... Vinho"

Esta semana na minha rúbrica "Ao sabor do Vinho" no jornal AltoAlentejo, visitámos a Quinta da Queijeirinha, provámos os seus vinhos, visitámos a adega e ainda tivemos tempo de contemplar a bonita paisagem que se avista em pleno coração da Serra de S. Mamede.

AO SABOR DO … VINHO
                                                                                                                                               


MENSAGEM DE...
 “O que começou por ser um grande sonho encontra espaço e caminho para se tornar num projecto de vida e se concretizar em grandes vinhos”
João Lourenço Sales
... ALTAS QUINTAS  


         



Situada no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede, a propriedade de Altas Quintas, divide a sua exploração entre os 48 ha de vinha, 80 ha de pinheiros, 50 de fruteiras e ainda 8 ha de olival, mas é nos vinhos que o produtor João Lourenço vê concretizado o seu sonho, sonho esse que se transformou em Obsessão. Obsessão por produzir vinhos alentejanos, obsessão por produzir vinhos de elevada qualidade, obsessão por produzir vinhos distintos, que absorvem todo o terroir, que extraem o potencial da sua selecção de castas e todo o trabalho e dedicação na criação dos seus vinhos.
As vinhas estão instaladas numa extensão de 1800 m num planalto da Serra de S. Mamede, a altitudes que variam entre os 550m e 650m, estando toda ela orientada Norte-Sul, sob solos de xisto e granito. Um trabalho persistente e contínuo desde a poda à vindima, selecciona criteriosamente as suas uvas, fazendo redução da produção (a produção média não ultrapassa os 3500 l por ha), vindima manual, escolhendo horas de menor calor, marcam sem dúvida a diferença.
Composta maioritariamente por castas autóctones, Trincadeira e Aragonês nos encepamentos tintos e, Verdelho e Arinto nos brancos, combinadas com pequenas percentagens de outras variedades de enorme potencial qualitativo, onde podemos encontrar o Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Syrah e Cabernet Sauvignon. É desta selecção de castas e da perfeita expressão do seu terroir que são compostos os vinhos da Altas Quintas.
É desta complexa e inesgotável obsessão que saem os vinhos: Altas Quintas, Altas Quintas crescendo, Altas Quintas 600 e ainda o Reserva e a Mensagem. Para hoje e, porque foram recentemente lançados para o mercado vamos conhecer o Altas Quintas branco 2010 e Altas Quintas tinto 2007.
Elaborado a partir das castas Verdelho e Arinto, o vinho Altas Quintas branco 2010, fermentou em barricas novas de carvalho, onde permaneceu durante 4 meses. Notas de prova: de cor pálida com laivos palha apresenta-se no aroma com agradáveis notas de fruta tropical e florais, podendo ainda identificar-se alguns apontamentos a baunilha e especiarias. Na boca apresenta uma refrescante acidez, com notas cítricas e minerais, bem como um equilíbrio das notas a fruta madura e madeira bem conjugada. No final prevalece um ligeiro abaunilhado de boa persistência.
O Altas Quintas tinto 2007, foi mais uma agradável surpresa, de cor granada, liberta aromas a frutas e compotas, com destaque para a ameixa e frutos silvestres. Resultantes do seu estágio em madeira durante 18 meses, as notas de tosta e especiaria fazem-se sentir no aroma e no sabor. Complexo, bem estruturado, algo untuoso, este tinto chegou para marcar a diferença.
“… Acreditamos, portanto ser capazes de produzir vinhos elegantes que surpreendem, impressionem e, acima de tudo, que se revelem uma inesgotável fonte de prazer a quem ousar pôr-nos à prova”… e nós provámos e … aprovámos!
Até breve e… bons vinhos!
Patrícia Pereira Venâncio

Sem comentários:

Enviar um comentário