terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Cabernet Sauvignon e o aroma vegetal

Cabernet Sauvignon


A extraordinária Cabernet Sauvignon pode ser considerada atualmente como a rainha das castas tintas, marcando presença em todas as regiões do mundo.
De cor intensa, bagos pequenos e de uma enorme riqueza em taninos a Cabernet Sauvignon é também conhecida pela sua resistência ao ataque de doenças e baixa produtividade.
Produz vinhos intensos, encorpados, marcados pela intensidade dos taninos, resultante em parte pela baixa relação entre polpa e película. De elevada densidade e textura os vinhos da Cabernet Sauvignon são cobiçados por quase todos os produtores mundiais, em França na região do Médoc, onde é utilizada pelos mais famosos Chateâux – Lafite Latour, Margaux, Mounton-Rothschild, no Chile, Itália, Austrália e Bulgária, entre outros.
No Alentejo a casta tem tido resultados extraordinários, perfeitamente adaptada ao clima, a Cabernet Sauvignon é utilizada por muitos produtores, quer em lote como na produção de monocastas, onde podemos apreciar as verdadeiras capacidades desta “francesa do mundo”.
Dotada de uma excelente capacidade de envelhecimento, o tempo permite-lhe atenuar a firmeza dos taninos, resultando em vinhos encorpados, estruturados e macios, dignos da melhor garrafa.
Detentora de uma gama aromática invejável, a Cabernet Sauvignon liberta numa primeira fase, aromas a groselha preta, cassis, especiarias e ameixa preta evoluindo para aromas a carne de caça, couro e chocolate. Quando em contato com a madeira as nuances manifestam-se como cedro, tabaco e algumas notas minerais. Em climas mais frios ou, quando vindimada precocemente poderá exibir notas intensas a pimento verde, conferindo-lhe um forte sabor amargo.



Vegetal

Os aromas vegetais caraterizam-se por odores a verde, folhas verdes e erva cortada, ou ainda a feijão verde, pepino, pimento e ervilha.
De entre os aromas vegetais, os que fazem lembrar erva cortada, relva, são frequentemente sinal de vindimas mal elaboradas, uvas demasiado esmagadas ou não devidamente amadurecidas. Quando presentes em vinhos evoluídos anunciam decrepitude ou velhice, ainda que continuem a ser considerados aromas primários.
Caso estejam presentes nos vinhos brancos secos, poderá ser sinal de um excesso de maceração, de um excesso de contato com as grainhas na qual ocorreu uma extração excessiva dos elementos amargos e adstringentes, que são transferidos para o vinho.
No entanto, nem todos os aromas herbáceos são considerados defeitos. As notas verdes de tabaco, café verde, pimento verde, espargos, feto, hera, folha de groselha ou funcho, são notas aromáticas bastante agradáveis nos vinhos, conferindo-lhes elegância e vivacidade.
As castas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Trincadeira libertam aromas vegetais a pimento verde bastante agradáveis, que lhe conferem vida e energia.
As substâncias químicas responsáveis por estes aromas são: cis-3-hexanol, para aromas herbáceo e, a trans-2-hexanal para aromas a maçã verde.

2 comentários:

  1. Este blog é simplesmente incontornável!Parabéns!

    Carlos Soares
    http://wineofus.blogspot.com/

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  2. Muito obrigado, espero continuar a agradar os leitores, afinal ele só existirá enquanto todos vós o apreciarem.

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