terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MARQUÊS DE BORBA TINTO 2009



Em pleno coração do Alto Alentejo - Estremoz, deu berço a um dos mais conhecidos enólogos de Portugal- João Portugal Ramos, que no ano de 1990, decide avançar com a instalação de vinhas próprias e dar forma a uma dos grandes projectos vitivinícolas do Alentejo.

As suas vinhas, que actualmente perfazem um total de 500 ha ( entre próprias e contratadas aos viticultores da região), são força e motivo de qualidade dos seus vinhos.


Como perfeccionista, amante de vinhos e da cultura da vinha, João Portugal Ramos, acompanha todos os passos, podas e maleitas, das suas vinhas, garantindo a  qualidade das que vão dar corpo aos seus vinhos. 




O encepamento tinto é constituído pelas castas Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouschet e, ainda que em quantidades menores, como que para "condimentar" um pouco os seus vinhos, o Cabernet Sauvignon, Syrah, Petit Verdot e Merlot.

As castas Antão Vaz, Arinto, Roupeiro e Rabo de Ovelha, dão forma aos refrescantes vinhos brancos da JPortugal Ramos.


A adega está equipada com tecnologia de ponta, permitindo a elaboração de vinhos segundo as técnicas mais avançadas de vinificação.  Construída totalmente de raíz, encerra em si um espaço único de organização, laboração e de um gosto extraordinário, que permite receber quem os visita de uma forma inesquecível.









MARQUÊS DE BORBA  TINTO 2009


Castas


Trincadeira, Aragonez




Notas de Prova


De cor vermelha com nuances violeta e grande profundidade de cor, o Marquês de Borba, desprende suaves nuances herbáceas, frutos vermelhos e no final ligeiros apontamentos de fumo. Na boca revela-se complexo, estruturado e encorpado. De taninos macios e bem integrados no conjunto, liberta sensações de compota de frutos vermelhos, baunilha e um ligeiro toque de tosta a lembrar o chocolate ou café.




Pontuação: 16 valores





Folha do Meio Reserva na revista Fugas

Este tinto Reserva, oriundo de Alegrete, perto de Portalegre, nascido no seio do Parque Natural da Serra de S. Mamede é o resultado de um terroir Único, revelando todo o potencial  e respeito pela natureza bem como pela já conhecida e reconhecida qualidade dos Vinhos do Alentejo
Conheça um pouco mais sobre o Folha do Meio na Revista Fugas de 25 de Fevereiro e em breve, na Janela de Cheiros.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Horta da Palha - Fundação Abreu Callado

O Horta da Palha de 2008, é um monocasta tinto de Touriga Nacional, da Fundação Abreu Callado, e pleno Alentejo. Após 6 meses de estágio em barricas de carvalho francês, apresenta-se de cor vermelho escuro com largos laivos de violeta que contrastam com a sua idade.
Os aromas primários intensamente frutados e florais da casta desapareceram, dando origem a notas  herbáceas e a frutos vermelhos, onde se destaca a ameixa já madura, fazendo-se acompanhar de apontamentos bem integradas a madeira, cacau e chocolate.
Na boca revela-se intenso, estruturado e equilibrado. Os taninos ainda vivos marcam o início de boca, seguindo-se uma sensação frutada doce, compotas de frutos vermelhos e notas de tosta, deixando um sabor a "tostado", muito provavelmente oriundo do estágio em madeira.

Não é à "toa", que este Horta da Palha se encontra adornado de selos e prémios, está muito bem conseguido! Equilibrado, marcante de taninos, sem no entanto agredirem demasiado, diria que já perdeu as suas características de juventude e está a caminhar a passos lentos mas certeiros para uma maturação que, ao que se prevê, mais delicada, harmoniosa, sedosa e equilibrada.

Prémios e Menções:

- Medalha de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos engarrafados 2008
- Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2009
- Medalha de Prata no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2009
- 1º Prémio no 5º Concurso de Vinhos Engarrafados da Confraria dos Enófilos do Alentejo
- Medalha de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos engarrrafados 2011
-Medalha de Prata no Concours Mondial de Bruxelles 2011
- Medalha Commemded no International Wine Challenge 2011


As Vinhas

Plantadas perto de Benavila, sede da Fundação, ocupam actualmente uma área de 52 hectares. 
De idades variadas, as mais antigas e ainda existentes, remontam aos anos 50, com castas tradicionais da região: Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alfrocheiro. Ao longo dos anos a área aumentou e a necessidade de aproximação das novas exigências de mercado levaram à opção de colocar outras variedades, estando actualmente integradas nos encepamentos a Baga, o Alicante Bouschet e o Cabernet Sauvignon.
As castas brancas são essencialmente o Arinto, Roupeiro e Tamarez, dando vida ao "Abreu Callado Branco". Todas elas instaladas junto da barragem do Maranhão, desfrutando de excelentes condições de desenvolvimento e maturação, neste Alentejo que pode ser tão quente e seco ao longo de mais de metade do período de vegetação da videira.

A Adega

Situada em Benavila, mantém a traça característica e original, aliada a novas tecnologias, essenciais à elaboração de vinhos desta qualidade.  

Vinhos da Fundação Abreu Callado

Tintos

- Dom Cosme Reserva
- Horta da Palha
- Cadeira da Moira
-Abreu Callado Reserva
-Abreu Callado Regional Alentejano
- Fundação Abreu Callado Bag-in-box 

Brancos
- Abreu Callado

Licoroso Branco
-Abreu Callado



Sobre a Fundação Abreu Callado 

Decorria o ano de 1848, quando Cosme de Campos Callado, fundava a Fundação Abreu Callado. Com directrizes socio-educativas a Fundação criou um asilo para apoio a idosos e carenciados da região, apoiando desta forma os seus trabalhadores e todos aqueles que ali (Benavila) vivam. Mais tarde funda a Escola agrícola visando o ensino de técnicas e práticas aos filhos dos trabalhadores, com o objectivo de dar continuidade a um trabalho numa instituição, que também seria a sua casa. Esta escola ainda existe actualmente, agora de carácter mais geral e de portas abertas a todos.

Na área agrícola, além da produção de vinhos a Fundação também se dedica à criação de ovinos de raça Merina e bovinos de raças, Alentejana, Charolês e Limousine.



domingo, 19 de fevereiro de 2012

Quando os aromas animais invadem o vinho




E se encontrar aromas animais durante a degustação de um vinho? Bom? Mau? Depende!

Aromas como o couro, o civeto ou caça, são frequentemente encontrados em peças de pele (malas e acessórios), perfumaria e vinhos.

Suaves nuances destes aromas podem conferir alguma complexidade e elegância a alguns vinhos maduros e bem evoluídos.

O aroma a couro é um aroma terciário, de origem animal, podendo adquirir nuances de caça ou pêlo de animal. Fragrâncias muito características e frequentemente utilizadas pela indústria de perfumes (Channel ou Hérmes), marcam presença em vinhos, revelando maturação e evolução.
Presente maioritariamente em vinhos tintos, faz-se muitas vezes acompanhar de notas de trufa, café e passa de ameixa.
Expressa-se geralmente em castas ricas em taninos, fortes de estrutura e personalidade. São as suas características de forte personalidade, de forte carácter e carregadas de cor (Mouvédre, Tannat, Merlot) que irão conferir capacidade de envelhecimento e maturação, marcando os vinhos com notas de couro e elegância.


O civeto, para quem não conhece este “bichinho”, “primo” da doninha, do tourão e do zorrilho, é um mamífero muito parecido com os felinos.
O seu aroma utilizado, como já referido pela indústria da perfumaria e das peles, tem origem numa glândula situada debaixo da cauda do animal e que apresenta parecenças com a gordura.
Presente também na natureza em flores brancas como o jasmim, as moléculas de indol, civetona e escatol, revelam-se igualmente no vinho durante o seu processo de maturação.
Desenvolve-se geralmente em vinhos tintos que estiveram em contacto com as borras durante algum tempo, podendo ser encontrado em vinhos maduros do Alentejo e Douro, estruturados, complexos, rústicos e encorpados.
Este tipo de aromas pode surgir das suaves nuances a jasmim ou frutos vermelhos (primários), amadurecendo com o vinho, para apontamentos animais culminando muitas vezes em aromas de ranço, que se manifestam a partir de notas de passa de ameixa.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Aromas da Arinto /Pedernã

Presente em quase todas as regiões de Portugal, a Casta Arinto, responde por vários nomes em função da região. Na região de Bucelas, , revelou-se uma casta de estrema importância e notoriedade produzindo vinhos de elevada acidez, cor citrina e marcadamente florais e frutados.
 Na região dos vinhos verdes, conhecida como Pedernã, manifesta-se discreta nos seus aromas, apresentando nuances que variam entre a maçã verde, a lima ou limão acompanhada de um suave toque de mineralidade.
No Alentejo a casta revela-se com uma acidez estimulante, ideal para contrapor as elevadas temperaturas que, por diversas vezes retiram esta característica às suas castas, é ideal para lotear vinhos.
Confere aos seus vinhos um caráter aveludado, bem estruturado e de acidez elevada. Os seus aromas remetem-nos para a maçã verde, lima e limão, acompanhados de um toque vegetal. Em condições particulares pode emitir notas de frutos exóticos, fazendo lembrar o maracujá, elevando-a para o estrelato e, fazendo dela, ideal para a fermentação e estágio em madeira.





Os aromas da Antão Vaz


Uma das castas brancas com maior relevância na região do Alentejo, a Antão Vaz, nasceu e cresceu nesta zona. Embora sem certezas sobre a sua origem, facto é que faz parte da maioria dos encepamentos alentejanos, com maior incidência em Évora e Vidigueira.
Conhecida e adorada por todos, promove elevadas produções e forte resistência a doenças, indicando que o Alentejo é a sua casa. É aqui que se expressa na sua totalidade, conferindo aos seus vinhos, um agradável perfume, estrutura, firmeza e corpo.
Em condições adversas, esta casta, pode pontualmente, apresentar falta de acidez, que é sabiamente recomposta pela conjugação do blend Arinto e Roupeiro, podendo novamente expressar o seu agradável perfil aromático.
Enquanto “monocasta”, a Antão Vaz exibe notas aromáticas a fruta tropical madura, casca de tangerina e algumas nuances minerais que, em condições favoráveis insinua boa apetência para o envelhecimento em barricas de carvalho.



~