sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LIMA MAYER | UM CHATEAU NO ALENTEJO



A poucos dias da vindima, a Janela de Cheiros visitou mais uma vez a Lima Mayer e Companhia.

Desta feita, provámos alguns dos novos vinhos: o Lima Mayer rosé, o Petit Verdot e uma nova surpresa da empresa que, por estar ainda guardada no segredo dos Deuses não iremos revelar, por enquanto.








O rosé de 2011, elaborado com base na casta Aragonez, revelou-se límpido de aspecto e de uma tonalidade rosa avermelhado. De aromas frescos a fruta verde, sobressaem notas de morango, cereja e algum vegetal. Fresco e acídulo quanto baste, na boca é bastante agradável, perfeito para nos acompanhar nas tardes mais quentes deste verão.

Ano: 2011
Casta: Aragonez







O Petit Verdot... bem o Petit Verdot deixa-nos sem palavras. Após estagiar durante alguns meses em barricas novas de carvalho francês, este vinho, retinto de cor, de tons vermelho escuro, quase azulado, libertas fortes aromas a frutos vermelhos, como a amora, a ameixa, fazendo-se acompanhar de um bouquet floral, bastante agradável.

Na boca é um vinho extremamente macio, equilibrado, com alguns taninos que lhe dão vida e complexidade.

De elevada persistência, deixa uma agradável sensação de frutos muito maduros, compotas, apontamentos de baunilha e uma elevada promessa de um agradável amadurecimento.

Ano: 2008
Casta: Petit Verdot


Aguardaremos pelas novas colheitas que, segundo nos relataram, Thomaz Lima Mayer e a  enóloga residente:Teresa Serra, esta nova colheita promete!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Bétula 2011| O Douro com sotaque Francês

 Há já algum tempo que tenho esta garrafa guardada para prova, por recomendação do produtor, não provei logo que a rececionei, afinal foi engarrafada no final de Junho e, não quis fazer uma prova que não expressasse o real conteúdo do mesmo.

Ainda me lembro da prova do ano passado e da forma agradável com que fiquei surpreendida com este vinho.

http://janeladecheiros.blogspot.pt/p/viticultura.html

O Bétula é elaborado a partir de uma mistura equitativa das castas Viognier e Sauvignon Blanc.

Na prova apresentou-se de cor citrina, extremamente límpido, libertando suaves aromas a frutos tropicais, citrinos uma ligeira casca de laranja e extremamente floral. Aos poucos desprendeu ligeiros toques de baunilha e alguns vegetais.

Na boca é que este vinho surpreende, mostrando-se sedoso, muito encorpado, macio e equilibrado. Parece ter toque de seda!
O final de boca é bastante agradável, persistindo com notas de citrinos, refrescante e floral.

A mim pareceu-me ligeiramente mais acídulo que a colheita anterior. Reportando às condições climáticas do ano e às implicações das mesmas na maturação, poderei atribuir a essas situações. No entanto este ponto não deprecia em nada o vinho, conferindo-lhe apenas mais acidez e frescura.


Sobre a Quinta do Torgal

Situada no coração do Douro, a Quinta do Torgal, pertença familiar desde há muito, entendeu renovar o seu património vitícola, optando por castas que convergissem num vinho diferente, potente, de caráter marcante e, que fosse branco!

Um vinho branco fascinante, reflexo de uma vontade de fazer melhor, que tem início, quando em 2005-2006, devido à idade já avançada da vinha, se restruturam os dois hectares existentes na quinta. Desde então a vinha desenvolve-se em plena harmonia com o seu terroir, tendo o clima duriense como seu mais fiel companheiro.

 Plantada nas íngremes encostas do Douro, a 300 metros de altitude, onde o calor e o frio alternam a passos lentos acompanhando as estações do ano, onde durante o Verão, o sol tantas vezes escaldante, que os solos graníticos fazem refletir sob os cachos de uva, aos poucos vão ficando dourados, amadurecendo lentamente e, que podem agora ser provados, num verdadeiro frasco de perfume.



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vindima 2012 | O marcar das novas colheitas





Estamos em meados de Agosto, as vinhas que anteriormente, por esta data, estariam povoadas de gente e cestos, encontra-se calma, tranquila a tentar sobreviver aos calores escaldantes que se fizeram sentir durante os meses de Julho e Agosto.

Este anos mostrou-se seco e muito quente. As reservas de água foram baixando e as necessidades hídricas da vinha nem sempre conseguiram ser satisfeitas.

É um ano diferente, a maturação está atrasada cerca de 15 dias, irregulares na sua dispersão ao longo da vinha e os cachos, intercalam entre os bem formados, compactos e a amadurecer normalmente com os esgalhados de bagos pequenos, que nunca vão chegar à dimensão normal.

Relativamente ao estado sanitário, foi um ano relativamente tranquilo, à parte dos tradicionais tratamentos anti míldio e anti oídio, nada de extraordinário de revelou.

Fica a dúvida de como se apresentarão os vinhos de 2012!

Se por um lado temos uva perfeita sob o ponto de vista sanitário, teremos com certeza rendimentos mais baixos, produções mais irregulares e, em alguns casos, desconfio que poderão existir descompensações entre os açúcares e acidez da uva.

A maturação que se quer lenta, sob um luar suave, fresco e húmido, conjugada com um sol discreto que as ilumina durante o dia, vê-se a braços  com um tempo quente e seco. Esperemos que  esta segunda metade do mês seja favorável à tão necessária e correta maturação.


Maturação: período durante o qual a uva, através de processos bioquímicos e de fotossíntese, acumula açúcares e degrada grande parte dos ácidos que a compõe. A uva perde a acidez inicial natural, através da degradação do ácido málico e tartárico e acumula açúcares: glucose, frutose e sacarose em quantidades suficientes e desejáveis para que posteriormente, na fermentação esses mesmos açúcares sejam degradados originando álcool.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SÉRIES RUFETE | REAL COMPANHIA VELHA

SERIES | EDIÇÃO DA CASTA RUFETE

Há uns dias atrás recebi um comunicado de imprensa sobre as novas edições da Real Companhia Velha: SERIES  elaborado com base na casta RUFETE.

Fiquei curiosa e, para minha alegria, não é que num daqueles piqueniques próprios desta época do ano, no meio do campo, com banhos de "tanque" à mistura e umas sardinhas a sair do grelhador, um amigo tira da sua "cartola" um SERIES RUFETE. Comentava "estive no Douro e provei este vinho, gostei e achei ideal para esta nossa sardinhada"!

Não fosse indicação expressa no rótulo de que este vinho acompanha perfeitamente com umas sardinhas assadas e, que deve ser bebido a 10ºC, este tinto é realmente diferente.

Contemplações à parte...

A edição SERIES, da Real Companhia Velha, pretende dar a conhecer novas formas de produzir e mostrar aos consumidores, as capacidades e potencialidades enológicas das diferentes castas autóctones  da região do Douro. Para tal criou uma "série" de ensaios e experimentações distintas, obtendo vinhos de carácter também ele, distinto.

Um pouco sobre a casta:

Fonte: IVV
A casta Rufete, é tradicionalmente utilizada nas regiões da Beira Interior, Dão e Douro. É uma casta difícil sob o ponto de vista vitícola, com baixas produções, irregular nas mesmas e, com uma enorme sensibilidade a doenças, nomeadamente ao oídio e podridão. Sob o ponto de vista nutricional, é bastante sensível ao déficit de magnésio e potássio, desavinhando com alguma frequência.

É geralmente utilizada em lote e na produção de rosés, revelando-se aberta de cor, aromática, libertando suaves aromas florais e vegetais e de estrutura ligeira.

O Vinho SERIES RUFETE:

O vinho não fugiu muito às caraterísticas apresentadas da casta.

De um rubi aberto, os aromas libertados são em grande parte herbáceos. Provado a 10 ºC, o aconselhado pelo produtor, é normal que muitos dos aromas mais discretos e suaves, ficassem retidos no interior do copo, nunca se revelando.

Na boca marcou pela acidez e pelos toques herbáceos, fresco, acídulo, estrutura e persistência média.

Considerei-o pouco consensual. Se por um lado, é um vinho fresco, suave e que efetivamente combinou na perfeição com as ditas sardinhas, tem que ser encarado como um vinho distinto, com caraterísticas peculiares e deve ser sempre encarado dessa forma. Para os mais distraídos ou mais conservadores, poderá não se encaixar no perfil de agradável.

Eu gostei do vinho, é diferente, com personalidade distinta e adequado a uma bela tarde de churrasco ou sardinhada. Substitui um branco ou um rosé, mas não substitui um tinto.




sábado, 4 de agosto de 2012

Terrenus Veritae lança Branco de colheita de 2011


Folha do Meio | Branco | 2011

O Verão já vai a meio, com ele têm-se sentido as elevadas temperaturas e a secura própria desta época do ano.

Agora é tempo de bebidas frescas, frutadas, leves e até mais acídulas, que transportam frescura e matam a sede constante que nos assola.

É tempo de brancos, frescos, ligeiramente ácidos, florais e frutados.

Apetecem as esplanadas, os jantares ao ar livre, a proximidade com a água, as férias ...

É neste ambiente de calma e descontração, que a Terrenus Veritae lança o branco da sua colheita de 2011.

Em muito semelhante à colheita anterior, revela-se um vinho floral, frutado, onde os citrinos e as frutas tropicais não muito maduras marcam presença e, uma acidez revigorante, em muito caraterística da região de Portalegre, da sua altitude e da influência da Serra de S. Mamede.

É um vinho que se bebe a gosto. Marca a boca pela sua frescura e envolvência, deixando um toque de limão num final de boca equilibrado.


Sobre a Terrenus Veritae

A Terrenus Veritae, é uma empresa vitivinícola, sediada em Besteiros | Concelho de Portalegre.
Desde 2009 que a empresa tem vindo a produzir vinhos, com caraterísticas muito próprias e que espelham a realidade da região.


A Vinha

Ocupando uma área de 8 hectares, as vinhas, integralmente de sequeiro, distribuem-se em pequenas parcelas com idades entre os 10 e 40 anos. Maioritariamente composta por castas tintas, destacam-se as tradicionais Aragonez, Trincadeira e Alicante Bouschet, acompanhadas de uma pequena percentagem de Touriga Nacional e Syrah. O encepamento branco é composto pelas castas Arinto e Fernão Pires, conferindo aos nossos vinhos um carácter floral e frutado sem nunca perder a frescura, acidez e vivacidade, que a altitude da Serra lhe proporciona.


Os Vinhos

Sob a experiência e assinatura de Paolo Nigra, os vinhos Folha do Meio são vinificados na Adega Quinta da Queijeirinha, seguindo os mais elevados padrões de qualidade.
Totalmente equipada com as mais modernas tecnologias, as fermentações dos tintos decorrem em balseiros de carvalho, seguindo para as cubas de inox ou paras as barricas de carvalho francês, onde decorrerá o período de estágio.
Os brancos, vinificados em cubas de inox, no interior das câmaras frigoríficas, com total controlo de temperatura, permitem manter a acidez e os refrescantes aromas dos vinhos desta peculiar região do Alentejo.