segunda-feira, 6 de agosto de 2012

SÉRIES RUFETE | REAL COMPANHIA VELHA

SERIES | EDIÇÃO DA CASTA RUFETE

Há uns dias atrás recebi um comunicado de imprensa sobre as novas edições da Real Companhia Velha: SERIES  elaborado com base na casta RUFETE.

Fiquei curiosa e, para minha alegria, não é que num daqueles piqueniques próprios desta época do ano, no meio do campo, com banhos de "tanque" à mistura e umas sardinhas a sair do grelhador, um amigo tira da sua "cartola" um SERIES RUFETE. Comentava "estive no Douro e provei este vinho, gostei e achei ideal para esta nossa sardinhada"!

Não fosse indicação expressa no rótulo de que este vinho acompanha perfeitamente com umas sardinhas assadas e, que deve ser bebido a 10ºC, este tinto é realmente diferente.

Contemplações à parte...

A edição SERIES, da Real Companhia Velha, pretende dar a conhecer novas formas de produzir e mostrar aos consumidores, as capacidades e potencialidades enológicas das diferentes castas autóctones  da região do Douro. Para tal criou uma "série" de ensaios e experimentações distintas, obtendo vinhos de carácter também ele, distinto.

Um pouco sobre a casta:

Fonte: IVV
A casta Rufete, é tradicionalmente utilizada nas regiões da Beira Interior, Dão e Douro. É uma casta difícil sob o ponto de vista vitícola, com baixas produções, irregular nas mesmas e, com uma enorme sensibilidade a doenças, nomeadamente ao oídio e podridão. Sob o ponto de vista nutricional, é bastante sensível ao déficit de magnésio e potássio, desavinhando com alguma frequência.

É geralmente utilizada em lote e na produção de rosés, revelando-se aberta de cor, aromática, libertando suaves aromas florais e vegetais e de estrutura ligeira.

O Vinho SERIES RUFETE:

O vinho não fugiu muito às caraterísticas apresentadas da casta.

De um rubi aberto, os aromas libertados são em grande parte herbáceos. Provado a 10 ºC, o aconselhado pelo produtor, é normal que muitos dos aromas mais discretos e suaves, ficassem retidos no interior do copo, nunca se revelando.

Na boca marcou pela acidez e pelos toques herbáceos, fresco, acídulo, estrutura e persistência média.

Considerei-o pouco consensual. Se por um lado, é um vinho fresco, suave e que efetivamente combinou na perfeição com as ditas sardinhas, tem que ser encarado como um vinho distinto, com caraterísticas peculiares e deve ser sempre encarado dessa forma. Para os mais distraídos ou mais conservadores, poderá não se encaixar no perfil de agradável.

Eu gostei do vinho, é diferente, com personalidade distinta e adequado a uma bela tarde de churrasco ou sardinhada. Substitui um branco ou um rosé, mas não substitui um tinto.




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