terça-feira, 27 de março de 2012

Nota de imprensa- Herdade das servas lança "Monte das Servas rosé 2011"


Uma combinação das castas Touriga Nacional e Syrah

                                      
Pelas mãos da Herdade das Servas – projecto da família Serrano Mira, uma das mais antigas na produção de vinho alentejano (em Estremoz) – chega na próxima semana ao mercado o ‘Monte das Servas Escolha rosé 2011’, um vinho que desperta em harmonia com saladas, mariscos e peixes grelhados com molhos ligeiros, iguarias mais leves à altura do tempo primaveril que se faz sentir.

A equipa de enologia da Herdade das Servas, composta por Luís Mira e Tiago Garcia, volta a apostar na combinação das castas Touriga Nacional e Syrah, plantadas em solos vermelhos de xisto e argilo-xistoso, para produzir um rosé fresco e frutado que, num conjunto elegante e bem equilibrado, revela uma cor rosada viva, aromas e nuances doces de frutos vermelhos, onde predominam as notas de framboesa, morangos e cereja.

Após habitual poda em verde e monda de cachos, durante o período de desenvolvimento e de maturação das uvas, são vindimados manualmente e transportados para a adega em pequenas caixas, onde são devidamente seleccionadas na mesa de escolha e, em seguida, desengaçadas. No que diz respeito à vinificação, após maceração de um dia é extraído o mosto lágrima para fermentação a baixas temperaturas. O estágio deu-se na garrafa ao longo de três meses.

O ‘Monte da Servas Escolha rosé 2011’ vai estar disponível em garrafeiras, lojas seleccionadas e na restauração em garrafas de 750 ml a rondar os € 4,50. Um vinho que deve ser consumido enquanto jovem – no próprio ano ou no seguinte – a uma temperatura de 12 a 14ºC.

domingo, 11 de março de 2012

Tapada de Chaves – A emoldurar o Alentejo




Uma das mais antigas adegas de Portalegre, a Tapada de Chaves iniciou a sua produção de vinhos há de 85 anos, com a instalação de algumas das suas vinhas, existentes até aos dias de hoje.



Preservando a qualidade e a tipicidade a que já habituou os consumidores, com a manutenção de algumas das suas quase centenárias vinhas e os tradicionais métodos de vinificação, tem ao longo dos anos, lacrando o seu nome nos mercados mundiais.









Actualmente a Tapada de Chaves detém cerca de 28 hectares de vinha com idades que variam entre os 15 e 85 anos. Co-habitando brancas e tintas as parcelas quase centenárias emolduram um quadro de tipicidade que nos remete ao antigamente. Preservando as castas tradicionais da região, a reestruturação das que, pela idade não aguentaram os longos ciclos de podas e vindimas, foram dando espaço a novas instalações, com sistemas de condução em cordão bilateral mas, mantendo o património vitícola da região.


Os encepamentos, maioritariamente tintos são constituídos pelas variedades Trincadeira, Aragonez, Castelão, Alicante Bouschet,com uma pequena percentagem de Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon, ocupando no total cerca de 22 hectares da exploração vitícola. As brancas de menor expressão revestem 6 hectares, distribuídos pelas castas Fernão Pires, Arinto e Antão Vaz com uma pequena pitada de Roupeiro, conhecida na região pelos mais antigos como Síria.

As mais antigas, em sistema de taça, de sequeiro e produtividades extremamente baixas são o ex-libris da Tapada de Chaves. Frágeis mas maduras, pouco produtivas mas de excelente qualidade, onde a quantidade dá verdadeiramente espaço a uma qualidade e tipicidade inigualável, deram nome e corpo ao vinho Tapada de Chaves Vinhas Velhas.


Resultante de um lote criteriosamente escolhido das castas Trincadeira e Aragonez o Reserva estagia durante 8 meses em barricas de carvalho francês e amadurece mais 6 meses em garrafa. É um vinho volumoso, encorpado, estruturado, rico em aromas a compota, madeira, vestido de granada com laivos acastanhados, no qual se funde o aroma a chocolate e a baunilha.

Das vinhas mais recentes são produzidos os restantes Tapada de Chaves - Reserva tinto, elaborado com base nas castas Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet, com estágio em madeira e garrafa, apresenta-se de cor granada escuro, profundo de onde se desprendem suaves aromas a frutos vermelhos, frutos silvestres, fazendo-se acompanhar de ligeiras nuances de madeira. Na boca é estruturado, encorpado e equilibrado, com ligeiros toques de taninos ainda vivos, antevendo um grande potencial de envelhecimento.

O Tapada de Chaves Branco nasce da perfeita conjugação entre as castas Arinto, Fernão Pires e Antão Vaz. Um perfeito casamento que reúne os intensos aromas florais da Fernão Pires, aliado ao corpo e estrutura do Antão Vaz e aos aromas frescos e densos da casta Arinto.
Vestido de cor palha com laivos citrinos, liberta intensos aromas florais e frutados, onde se destacam o ananás e o limão, lembrando frescura e vivacidade. Na boca deixa uma sensação de frescura, e acidez revigorante, encorpado e bem estruturado.

Aliando as tradicionais técnicas de produção com a inovação a Tapada de Chaves foi a primeira adega no Alentejo a produzir espumante. Resultado de um saber-fazer reconhecido da Murganheira, o espumante Tapada de Chaves é elaborado segundo o método clássico, apresentando-se de elevada elegância, delicadeza e subtileza.





A adega equipada com tecnologia moderna, permite aliar as tradicionais técnicas de vinificação às mais modernas tecnologias, garantindo qualidade e tipicidade aos seus vinhos. Pela sua estrutura e construção permite que, quase a totalidade dos trabalhos seja feita por gravidade, evitando operações de prensagem e bombagem excessiva, extraindo da uva apenas o que beneficia o vinho.




Porque a tradição é valor a preservar, porque o futuro faz-se no presente, porque as coisas realmente importantes levam tempo a acontecer, a Tapada de chaves, veste os seus vinhos de uma nova imagem. No ano Internacional das Florestas, ano em que cumulativamente o Sobreiro é considerado Árvore Nacional de Portugal, a Tapada de Chaves faz a sua homenagem a esta frondosa árvore, como sinal de respeito pela natureza e pela árvore que, a cada dia veda os seus vinhos, permitindo-lhe uma maturação e evolução digna. Sinalizando os veios de corte do sobreiro, as figuras estilizadas distribuem-se ao longo do rótulo e cápsula de uma forma graciosa e cuidada, resultando numa imagem elegante e fina.



Tipicidade, qualidade, singularidade marcam desde há muito os vinhos Tapada de Chaves.






quarta-feira, 7 de março de 2012

As Infestantes e o seu controlo



As infestantes são consideradas inimigos chave da vinha por poderem causar sistematicamente, importantes prejuízos em virtude da enorme competição com as cepas, para a água e nutrientes existentes no solo, em particular nos períodos críticos de maior desenvolvimento vegetativo, podendo traduzir-se na diminuição do crescimento das novas vinhas e na redução da quantidade e qualidade da produção.
As infestantes podem também, por vezes, ter o inconveniente de serem hospedeiras de pragas, como ácaros tetraniquídeos e outras pragas polífagas, como a pirale e de fomentar um ambiente demasiado húmido, favorável ao desenvolvimento de doenças como míldio, podridão cinzenta ou oídio.
A presença de infestantes na vinha pode contudo, ser útil e desejável como hospedeiras de auxiliares responsáveis pela limitação natural das pragas em geral e, em particular de cochonilhas, cigarrinha verde e pirale.
Infestantes leguminosas como trevos, ervilhacas, serradelas e luzernas podem ser úteis pela sua capacidade de fixação de azoto atmosférico e consequente enriquecimento da fertilidade do solo.
Além disso possibilitam o aumento do teor de fósforo em profundidade no solo, nomeadamente pela decomposição das raízes, disponibilizando o fósforo em forma facilmente absorvida pelas raízes da videira.
A manutenção de infestantes, em especial durante o Inverno contribui para diminuir a perda de azoto por lavagem.
Também podem contribuir para um aumento do teor de matéria orgânica no solo, para melhorar as propriedades físicas e favorecer o aumento das populações de decompositores como as minhocas.
A presença das infestantes contribui também para a melhoria da estrutura e porosidade do solo, com os consequentes benefícios sobre o arejamento, a capacidade de drenagem e armazenamento de água. Deste modo, verifica-se a redução da erosão resultante do escorrimento da água á superfície.

Estratégias no combate às infestantes da vinha:

- Mobilização do solo em toda a superfície;
- Mobilização da linha e herbicida na entre-linha;
- Mobilização do solo, alternando anualmente com herbicida;
- Não mobilização com recurso a herbicida;
- Enrelvamento do solo, durante Outono- Inverno e nalguns casos permanente

A Primavera está quase a chegar e, para quem ainda não fez a aplicação de herbicida deverá fazê-lo na primeira oportunidade.

No próximo artigo, serão abordados os herbicidas e sua forma de acção na cultura e nas infestantes, bem como a listagem das substâncias activas homologadas para a Protecção Integrada da Vinha para 2012.