Para todos aqueles que se querem divertir e passar um bom momento com os vinhos de Portugal, disponibilizamos um jogo sobre Portugal Vitivinícola.
Imprima as imagens em formato A4 recorte os cartões pela linha e divirta-se com os seus amigos, neste que é um teste ao seu conhecimento sobre os vinhos e produtores portugueses.
Divirta-se!
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Harmonização vinho e comida - Rubrica AltoAlentejo
Caros leitores deixo-vos as minhas duas ultimas rubricas do jornal AltoAlentejo, espero que gostem!
AO SABOR DO … VINHO
“Vinho e Comida”
PARTE I – Sensações, experiências e sabores
Ao longo dos tempos temos abordado temas sobre vinhos, produtores, castas e alguns outros temas relacionados com o vinho e a vinha. Chegou agora a altura de ampliar o espetro e relacionar temas de gastronomia combinadas com o vinho, comportamentos antagónicos, complementares e possíveis interações entrando num tema que, tanto tem de controverso como curioso e expetante… harmonizar alimentos com vinho.
Tantas e tantas vezes nos deparámos com a questão: que vinho vou escolher para acompanhar com este prato? Em casa preparando um jantar para um grupo de amigos, num restaurante, ou até, naqueles momentos em que estamos sós e nos dedicamos a preparar um belo “petisco”.
Por vezes a escolha é fácil pela já experienciada prova, outras é limitada pela dimensão da nossa garrafeira, outras revelam-se verdadeiras aventuras, umas, correm bem, outras, nem por isso!
O prazer de comer aliado ao prazer de beber um bom vinho, confere aos apreciadores momentos quase mágicos, a verdadeira complexidade e alquimia de aromas e sabores que deambulam entre um prato e um copo, relatando experiências e desvendando segredos dos seus ingredientes e confeção.
Acompanhar carne com vinho tinto, peixe com vinho branco e sobremesas com vinhos doces, eram regras infundadas e, muito castradoras de todas essas experiências e descobertas, estamos a cada dia mais informados, mais curiosos, para sermos tão limitados num universo de experiências infinitas.
De que é então feita essa aventura? Começarei por abordar alguns conceitos base que nos permitirão melhor entender os princípios da harmonização.
Todos nós temos aquilo a que, tecnicamente designamos por sensibilidade sensorial, é esta sensibilidade que nos permite, através dos nossos sentidos, sabor, olfato e tato, distinguir, avaliar e apreciar um determinado alimento ou bebida. É essa sensibilidade sensorial que vai ditar o nosso “gosto pessoal”, que vai determinar que alimentos, aromas ou vinhos gosto ou, por outro lado, me são desagradáveis. É uma sensibilidade individual, através da qual conseguimos definir se um alimento está salgado, doce ou se por outro lado é amargo, resultante do meu gosto pessoal, é por causa dele que, muitas vezes consideramos uma comida salgada e, uma outra pessoa a encontra agradável, porque temos níveis de perceção e aceitação distintos para o sabor salgado.
Então, uma das principais premissas para combinar alimentos com bebidas consiste no “gosto pessoal”, não adianta de nada se servirmos a um nosso convidado um delicioso prato de caril se, ele detesta caril, mesmo que combinado com o melhor vinho do mundo. No final do jantar a experiência irá sempre ficar gravada na memória como desagradável, acabando por “estragar” o delicioso vinho que tinha escolhido, criando um efeito psicológico negativo. Se por outro lado eu conseguir proporcionar uma agradável experiência, com uma comida a gosto combinada harmoniosamente com um vinho ou bebida, no final a experiência vai marcar positivamente o nosso convidado que, fruto dessa sensação de satisfação elevará as qualidades do vinho e da comida, muitas vezes além das verdadeiras. A isto chama-se psicologia sensorial!
Outro fator envolvido na degustação de qualquer alimento ou bebida é, nada mais, nada menos que os sentidos: gosto e olfato. É através deles que poderemos perceber a complexidade de aromas e sabores que envolvem a nossa mesa.
O bouquet de aromas que advém de um alimento ou bebida é parte fundamental do prazer que retiramos da sua degustação, se considera que assim não é, experimente comer uma refeição quando afetado por uma majestosa constipação. Não sabe a nada, ou melhor, não cheira a nada!
Relativamente aos sabores, esses são básicos: doce, salgado, ácido, amargo e umami. É através da língua, mais propriamente das papilas gustativas, que podemos apreciar um determinado alimento e dizer se está salgado, se é doce ou se por outro lado é extremamente amargo. É através da língua e dos seus recetores que nós podemos avaliar se, uma determinada harmonização, entre alimentos e bebida foi conseguida de forma perfeita!
Concluindo, a par do nosso gosto pessoal, é através dos sentidos do gosto e do olfato que determinamos se, uma dada experiência é ou não agradável e, se a escolha entre o prato e o vinho foi conseguida de forma perfeita!
Na próxima rubrica irei falar de interações antagónicas e complementares entre sabores e, dar-vos dicas sobre as combinações harmoniosas, entre vinho e comida.
Até breve e… bons vinhos!
Patrícia Pereira Venâncio
www.janeladecheiros.blogspot.com
AO SABOR DO … VINHO
“Vinho e Comida”
PARTE II - Antagonismo, complementaridade e Interações
Tal como havia prometido na última rubrica, hoje vou abordar os sabores básicos dos alimentos e como criar interações agradáveis entre vinho e comida.
Relembrando que é através dos sabores básicos: doce, salgado, ácido, amargo e umami, que reside a nossa apreciação sobre um determinado vinho e alimento, sempre que tenhamos que os combinar temos, primeiro que tudo, conhecer a sua natureza, composição, ingredientes, temperos e textura.
É através da interação entre os diferentes sabores que compõem um determinado prato que escolheremos o vinho para acompanhar, tendo sempre em atenção que, nunca devemos escolher um vinho que nos pareça desagradável, por uma incorreta combinação de sabores, ou escolher uma comida demasiado untuosa ou forte que não permita que o vinho se revele. Um determinado alimento não pode “estragar” nem “esconder” o vinho, deve sim acompanhá-lo e sempre que possível elevá-lo.
Então como combinar vinho com comida?
A harmonização não tem regras rígidas, não tem passos e técnicas rigorosas que devemos seguir para atingir a combinação perfeita, a harmonização tem gosto pessoal e sensibilidade!
Após entendermos como reagem os diferentes interações entre os alimentos e a comida, sob o ponto de vista dos sabores elementares, tudo o resto é aventura, magia e intuição.
Deixo-vos algumas linhas de orientação sobre o comportamento entre os vários alimentos e vinhos.
Sempre que tiver que escolher um vinho para combinar com uma comida ácida, lembre-se: o sabor ácido faz diminuir a acidez do vinho, por outro lado, aumenta o sabor amargo e adstringente do mesmo. Para este tipo de prato escolha vinhos igualmente ácidos, para que o sabor se complemente, por exemplo com uma salada temperada com limão, para um prato de ostras frescas ou qualquer outro alimento no qual predomine o sabor ácido. Ao tentar conjugar a acidez da comida com um vinho mais doce ou rico em taninos, as sensações que marcam manifestam-se sob a forma de ardor na boca, amargor e ainda adstringência, ficando uma sensação de boca “grossa”, idêntica à que se manifesta quando come dióspiros verdes. Este tipo de vinhos mais ácidos, ligam muito bem com alimentos salgados, ácidos ou gorduras.
Em caso de alimentos ricos em sal, a escolha do vinho será bastante mais fácil, podendo optar por vinhos ligeiramente ácidos até mais adocicados, no entanto evite sempre, nestas circunstâncias vinhos que estagiaram em madeira, uma vez que esta conjugação irá resultar em fortes sensações amargas na boca.
Por outro lado, se o sabor amargo estiver presente na comida, alguns vegetais, espargos, especiarias, aconselha-se a combinação com vinhos ligeiramente ácidos ou então vinhos mais adocicados ou num estado de maturação mais avançado.
Chegámos ao doce, um, se não o mais agradável dos sabores elementares, apresenta alguma dificuldade de associação com vinhos ricos em taninos, por exemplo tintos jovens, correndo o risco de sobressair uma sensação de secura e adstringência bastante desagradável. De entre os alimentos doces, podemos incluir não só os doces de sobremesa, os quais são perfeitamente combinados com vinhos doces, ou meio secos desde que evoluídos, macios e encorpados. Caso o doce esteja presente em pratos de carne, elaboradas com molhos, especialmente o molho de tomate, a conjugação deve ser feita de forma ainda mais cuidada, uma vez que o doce e o umami presente nos molhos vão tornar o vinho mais amargo e adstringente, sendo aconselhável também, vinhos mais maduros, macios e encorpados.
Espero que desfrutem de um bom prato em harmonia com o vinho e não se esqueçam: a harmonia está no sabor, misturem tintos com peixe, brancos com carne e porque que não, um tinto velho para a sobremesa ou, um Chardonnay estagiado em madeira!
Usem e abusem da vossa imaginação e … tenham experiências muito agradáveis!
Até breve e… bons vinhos!
Patrícia Pereira Venâncio
www.janeladecheiros.blogspot.com
domingo, 20 de novembro de 2011
O documentário “A vida no Douro”
The documentary Life on the Douro
Portugal é uma região vitivinícola de excelência mundial, desde as extensas planícies alentejanas, às areias de Palmela, à forte influência marítima do Algarve e Extremadura, à tipicidade do Tejo e às íngremes encostas do Douro, fazem deste pequeno país uma multiplicidade de terroirs, favoráveis à produção de vinho de Qualidade.
No entanto e face à forte competitividade atual dos mercados mundiais, toda a divulgação e promoção é pouca e, toda a que vem é sem duvida bem-vinda, especialmente se relatada por este fantástico trabalho sobre as vindimas do Douro.
Um documentário elaborado por um grupo de três apaixonados por Portugal e pelo Douro, esta pré-visualização do trabalho, elaborado em três fases distintas, revela-nos muito sobre o Douro, a sua história, as suas famílias e, os seus vinhos.
Elaborado por Zev Robinson, Albertina Torres e seu marido, estes relataram à Janela de Cheiros, que só com muita vontade, paixão e dedicação se conseguem fazer estes trabalhos. Não quero também deixar de referir, palavras de Albertina Torres, o agradecimento a Oscar Quevedo, pela fantástica ajuda e apoio para a realização deste documentário.
A ser exibido na Califórnia e Alemanha, a imagem de Portugal, sob as mãos do Douro, está a ser divulgada e, para grande deleite dos portugueses, com uma aceitação e admiração digna dos nossos vinhos. Dentro dos próximos meses o documentário será também exibido em Londres, Amesterdão e Portugal.
Aguardamos ansiosamente pela apresentação em Portugal e… MUITO OBRIGADO, por mostrarem Portugal, através de uns olhos que por vezes, nem nós portugueses nos vimos.
Deixo-vos os vídeos com a pré-visualização do documentário, espero que apreciem tanto como nós.
VÍDEO 1
Este primeiro vídeo, é uma pré-visualização do documentário “A Vida no Douro”. Existe ainda muito trabalho a realizar, por isso retomaremos a nossa vinda ao Porto e ao Douro, para filmar mais, incluindo uma viagem a vários entusiastas do vinho do Porto e a vários produtores/adegas, numa longa semana de viagens a “Por amor ao Porto”, recolhendo várias perspectivas da região, dos seus vinhos e da sua história.
A preview of my "Life on the Douro" documentary. Still a lot of work to do on it, bu I'll be returning to Porto and the Douro region to film more material, including traveling about a dozen Port wine enthusiast to about a dozen wineries on the "For The Love of Port" week-long tour, giving a variety of perspecitves on the region, its wines and its histories.
VIDEO 2
Este é o segundo trailer, elaborado com o material que recolhi durante os 23 dias, na minha terceira e quarta viagem ao Porto e à região do Douro. A quarta viagem foi realizada no âmbito do meu filme “Por amor ao Porto”. Para ser realizado em Setembro de 2011, o filme relata o Douro durante três séculos de história da região, a situação atual e os seus vinhos.
This is the second trailer using material filmed during 23 days on my third and fourth trips to Porto and the Douro region. The fourth trip was with a For the Love of Port tour, arranged specially for my film. Due to be released in September, 2011, the film will deal with the three centuries and current situation of the region and its wines.
VÍDEO 3
Este é o terceiro trailer sobre “A vida no Douro”, neste foco especialmente as famílias e as ligações que fazem esta região tão fascinante, bem como recolher material da minha quinta viagem.
This is the third trailer for Life on the Douro, this time focusing on the family and other connections that make the region so fascinating, and adding material from my fifth trip there.
Our Story
Life on the Douro is a documentary connecting 300 years of history with the current situation in Porto and the Douro and the recent rejuvenation of the region. Many of the interviewees talk about their family history going back two and three centuries as if they had lived it themselves, in great detail, intimacy and warmth, and often with a great sense of humour as well.
I've been lucky to have such fantastic material to work with - the personal stories, the history of the region, and the breath-taking terraces and scenery - all which has lent itself to my concerns of creating a strong story structure and powerful imagery.
The Impact
The story of wine in general is widely unknown, and if more people would be aware that it is much, much more than just a beverage, I believe there would be much greater interest in it. This is especially true for Portugal, a country that historically has had a wide-spread influence across the globe but is a relatively unknown quanitity today. Whereas Port and Douro wines are considered excellent amongst experts, they don't have the same wide-spread reputation as those of other countries.
What We Need & What You Get
The money will be used for post-production costs including a professional sound mix and color grading, a transfer from the European PAL television system to the American NTSC system, subtitles, and music rights. If I go over the goal, the extra money will be used to defray the costs of setting up screenings and disseminating the film.
The film is almost done, an early rough cut has been completed, and I'm busy refining it. I have traveled to the Douro region four times already for a total of more than 30 days, and will be returning to film for another ten days in July for two or three more important interviews to fill a couple of gaps, as well as get more shots of specific things that the film needs - the old streets of Porto and Gaia, the old railway stations, a couple of wineries, etc.
The film will be finished and start screening this autumn, and I could temporarily skip or skimp on some of the above, but would like to have the best quality possible to show around the world over the next year, and help give the region, its people and its wines, and Portugal in general, the recognition they deserve.
There is the thank you credit on the web site for five dollars, but the basic perk is the pre-order of the DVD for 15 dollars, shipping included. Then there are invites to events that will include premiere screenings, after party with Port and Douro wines (possibly presented by people with intimate knowledge of the region), a thanks on the end credits of the film, and associate and executive producer credits. I'm also offering a series of archival quality digital prints that I have created, each signed and number in a series of 10.
Other Ways You Can Help
Please help spread the word via Facebook, twitter, blogs, etc. If 400 people buy the DVD, then not only is the goal met, but the word about the film, future screenings, and the incredible region, the people and its wines gets out there too.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Quiz do Vinho
Venha dirvertir-se com o nosso quiz sobre vinhos.
Publicaremos periodicamente novos jogos e passatempos sobre vinhos para que possa se divertir, distrair e aferir os seus conhecimentos sobre vinhos.
Pode sempre consultar a página de Quiz onde estarão todos os passatempos que iremos publicar.
Clic no link abaixo e divirta-se!
http://www.surveymonkey.com/s/HD8TS2B
Publicaremos periodicamente novos jogos e passatempos sobre vinhos para que possa se divertir, distrair e aferir os seus conhecimentos sobre vinhos.
Pode sempre consultar a página de Quiz onde estarão todos os passatempos que iremos publicar.
Clic no link abaixo e divirta-se!
http://www.surveymonkey.com/s/HD8TS2B
terça-feira, 8 de novembro de 2011
A Cabernet Sauvignon e o aroma vegetal
Cabernet Sauvignon
A extraordinária Cabernet Sauvignon pode ser considerada atualmente como a rainha das castas tintas, marcando presença em todas as regiões do mundo.
A extraordinária Cabernet Sauvignon pode ser considerada atualmente como a rainha das castas tintas, marcando presença em todas as regiões do mundo.
De cor intensa, bagos pequenos e de uma enorme riqueza em taninos a Cabernet Sauvignon é também conhecida pela sua resistência ao ataque de doenças e baixa produtividade.
Produz vinhos intensos, encorpados, marcados pela intensidade dos taninos, resultante em parte pela baixa relação entre polpa e película. De elevada densidade e textura os vinhos da Cabernet Sauvignon são cobiçados por quase todos os produtores mundiais, em França na região do Médoc, onde é utilizada pelos mais famosos Chateâux – Lafite Latour, Margaux, Mounton-Rothschild, no Chile, Itália, Austrália e Bulgária, entre outros.
No Alentejo a casta tem tido resultados extraordinários, perfeitamente adaptada ao clima, a Cabernet Sauvignon é utilizada por muitos produtores, quer em lote como na produção de monocastas, onde podemos apreciar as verdadeiras capacidades desta “francesa do mundo”.
Dotada de uma excelente capacidade de envelhecimento, o tempo permite-lhe atenuar a firmeza dos taninos, resultando em vinhos encorpados, estruturados e macios, dignos da melhor garrafa.
Detentora de uma gama aromática invejável, a Cabernet Sauvignon liberta numa primeira fase, aromas a groselha preta, cassis, especiarias e ameixa preta evoluindo para aromas a carne de caça, couro e chocolate. Quando em contato com a madeira as nuances manifestam-se como cedro, tabaco e algumas notas minerais. Em climas mais frios ou, quando vindimada precocemente poderá exibir notas intensas a pimento verde, conferindo-lhe um forte sabor amargo.
Vegetal
Os aromas vegetais caraterizam-se por odores a verde, folhas verdes e erva cortada, ou ainda a feijão verde, pepino, pimento e ervilha.
De entre os aromas vegetais, os que fazem lembrar erva cortada, relva, são frequentemente sinal de vindimas mal elaboradas, uvas demasiado esmagadas ou não devidamente amadurecidas. Quando presentes em vinhos evoluídos anunciam decrepitude ou velhice, ainda que continuem a ser considerados aromas primários.
Caso estejam presentes nos vinhos brancos secos, poderá ser sinal de um excesso de maceração, de um excesso de contato com as grainhas na qual ocorreu uma extração excessiva dos elementos amargos e adstringentes, que são transferidos para o vinho.
No entanto, nem todos os aromas herbáceos são considerados defeitos. As notas verdes de tabaco, café verde, pimento verde, espargos, feto, hera, folha de groselha ou funcho, são notas aromáticas bastante agradáveis nos vinhos, conferindo-lhes elegância e vivacidade.
As castas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Trincadeira libertam aromas vegetais a pimento verde bastante agradáveis, que lhe conferem vida e energia.
As substâncias químicas responsáveis por estes aromas são: cis-3-hexanol, para aromas herbáceo e, a trans-2-hexanal para aromas a maçã verde.
A casta Alicante Bouschet e o aroma a ameixa
Apesar de não ser oficialmente uma casta portuguesa, a verdade é que está de tal forma enraizada no nosso país e, concretamente no Alentejo, que atualmente a assumimos como nossa.
De origem francesa, mais propriamente da região de Languedoc, nasceu do cruzamento entre a Petit Bouschet e a Grenache. Deste casamento nasceu uma casta tintureira, retinta como lhe chamam no Alentejo, que proporciona aos seus vinhos além da sua cor, estrutura, firmeza e uma enorme riqueza de taninos.
Utilizada maioritariamente em vinhos de lote, permite transmitir ao blend uma cor carregada, profunda além de um enorme aporte em estrutura e corpo.
Das poucas vezes que é engarrafada só, saem vinhos intensos, estruturados, com uma enorme capacidade de envelhecimento.
Relativamente às notas aromáticas, podemos distinguir os agradáveis frutos silvestres, ameixa, com nuances vegetais e, não são raras as vezes em que exibe aromas a azeitona. Quando evoluída os seus aromas convergem fundamentalmente para compotas e cacau.
Ameixa/Passa de Ameixa
Os aromas que evocam a ameixa podem ser encontrados nos vinhos tintos, jovens no caso da ameixa mais ou menos verde ou, vinhos evoluídos ou vinho do Porto, no caso de evocarem a passa de ameixa.
Quando as notas se desprendem sob a forma de fruta verde, o aroma a ameixa é bastante agradável, indicando juventude, podendo ser encontrados em vinhos elaborados a partir da casta Castelão, quando bem amadurecida sob o sol intenso do Alentejo.
Por outro lado, as notas que nos remetem para a passa de ameixa, estas estão presentes em vinhos tintos evoluídos que, na sua generalidade já atingiram o seu apogeu encontrando-se agora num estado de decrepitude, ou como sinal de oxidação ou defeito provocado por uma rolha defeituosa.
A casta Grenache é particularmente rica neste aroma, que se manifesta em associação com os aromas a laranja, pimenta e figo, notório em alguns vinhos franceses da região de Moulin-à-Vent.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
A Casta Viognier e o aroma a rosas
Viognier
A Viognier é uma casta branca de origem francesa, oriunda de Condrieu, uma pequena denominação de origem, apelidada de Château-Grillet, famosa pelos seus vinhos de elevada qualidade e, com a particularidade de pertencer a um único produtor.
Conhecida pela sua baixa produtividade, confere aos seus vinhos um elevado teor alcoólico.
Atualmente também se cultiva Viognier em Itália, Califórnia, América do Sul e Austrália. Em Portugal a casta começa a ganhar espaço pelas suas nuances aromáticas a flores.
A par da sua intensidade aromática floral, os aromas a pêssego, canela, gengibre, manteiga, mel e limão, fazem desta casta uma das procuradas pela sua exuberância olfativa, enriquecedora dos seus vinhos.
Rosas
O aroma floral de rosas, presente em grande quantidade na casta Moscatel, na região do Douro (Favaios e Alijó), ou na região de Setúbal, é sinal de elegância e complexidade, aparecendo frequentemente associado a aromas de baunilha e mel.
Além dos doces naturais, este delicado aroma também se pode manifestar nos brancos secos, elaborados com a casta Fernão Pires, ou então em tintos envelhecidos.
Embora não muito frequentemente, é bastante agradável quando nos deparamos com este subtil aroma proveniente da Cabernet Sauvignon, em vinhos envelhecidos das regiões de Bordéus ou Borgonha. Excepcionalmente em alguns Beaujolais Noveau, o aroma a rosa marca presença de uma forma elegante e complexa.
Substâncias químicas: Nerol, Rodinol, Geraniol e Linanol.
A Gewurztraminer e o aroma a canela
Gewurztraminer
Resultante do cruzamento entre uma parente italiana, a “Traminer” originária de Alsácia, conferiram-lhe o prefixo “Gewuz”, ou seja, especiarias em alemão, em tributo às suas extraordinárias a notas aromáticas.
Apesar de ser considerada uma casta branca, os seus bagos apresentam-se de vermelho claro, resultante de uma mutação natural que tem sofrido ao longo dos anos, quer ao nível da cor quer no enriquecimento aromático.
É caraterizada por apresentar baixa acidez, permitindo o seu consumo logo desde muito jovem.
Produzida atualmente nas mais diversas partes do globo como, Alsásia, Estados Unidos, Nova Zelândia, Espanha e Alemanha.
As notas aromáticas que caraterizam a casta são essencialmente: a lichia, o pêssego, o gengibre, o cravinho, talco, rosas, violeta e o jasmim.
Canela
O aroma a canela pode apresentar-se como um aroma primário caraterístico de determinadas castas ou, mais frequentemente resultante de um elevado índice de maturação ou estágio em madeira.
Entre os vinhos, os elaborados com a casta Syrah, Merlot ou Grenache, exibem notavelmente este caráter distintivo, nos brancos os elaborados preferencialmente à base de Chenin Blanc, Riesling ou Gewurztraminer, Loureiro ou Moscatel, libertam um intenso aroma a canela.
Entre os vinhos doces e secos, elaborados a partir da casta Moscatel, podemos encontrar uma belíssima fragrância a rosas associada a canela, formando um bouquet bastante complexo de passas de fruta, gerânio, flor de laranjeira, frutos exóticos e mel.
O aroma a canela pode revelar-se nos vinhos brancos e tintos, como sinal de estágio em madeira, fruto de uma excelente evolução e sinal de elevada qualidade.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Roda dos aromas do vinho branco
Nos ultimos dias temos dado algum destaque às castas e aos seus aromas. Sabemos que o tema não poderá ser seguido de forma rígida (como em tudo o que tem a ver com o vinho), as castas expressam determinados aromas consoante o terroir, a sua gestão e manutenção, além de que outros processos como a vinificação, estágio, influênciam de forma distinta a gama aromática expressa num vinho.
Os aromas são muitos, milhares..., no entanto apresentamos os que consideramos mais comuns e facilmente detetáveis nos vinhos, para que dessa forma possa tentar encontrá-los no seu copo.
Roda dos aromas dos vinhos brancos
Para saber mais sobre os aromas, como se manifestam, quais as castas que melhor definem este aroma, em que vinhos os podemos descobrir e ainda qual a substância que lhe dá origem, visite a nossa página dos aromas. Diariamente adicionaremos um novo aroma... esteja atento.
Seja muito bem vindo!
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