Rui
Paula associa-se à efeméride e cria menu para jantar vínico no dia 20
·
É
esta a marca de vinhos do Douro mais antiga do país
A marca de vinhos ‘Grandjó’, nascida na Granja de Alijó e pertença da Real
Companhia Velha, está de parabéns, uma vez que acaba de completar 100 anos, sendo
por isso a marca de vinhos do Douro mais antiga do país. A Real Companhia Velha
lançou o desafio e o Chefe Rui Paula aceitou: criar um menu vínico (1)
em que as duas referências da marca – ‘Grandjó Late Harvest’ e ‘Grandjó Meio
Doce’ – vão estar em destaque. O jantar acontece já na quinta-feira, dia 20 de
Dezembro, no restaurante DOP, no Porto.
A escolha do Chefe Rui Paula não foi ao acaso… Surgiu porque é um homem do Douro com
grande afinidade com a zona de Alijó: é natural do Porto, mas foi neste
concelho duriense – nas férias passadas em casa da família – que desenvolveu, desde
cedo, o gosto pela cozinha, influenciado pela forte ligação à sua avó materna e
às comidas que esta preparava baseadas em receitas antigas e no uso dos
produtos da terra.
Grandjó:
uma marca com história e relevo para a região; um vinho nobre e peculiar
Embora a marca ‘Grandjó’ tenha sido registada
em 1912, há registos “não oficiais” que indicam que a sua existência é anterior
a esta data. No livro “Vinificação Moderna” (de Pedro Bravo e Duarte Oliveira),
que data de 1925, é feita referência ao ‘Grandjó’ como existente desde 1910.
Nesta obra é enfatizado o facto de o aparecimento deste vinho na região de
Alijó ter sido uma ideia de grande mérito, pois é uma zona onde se produzem essencialmente
vinhos brancos DOC Douro e alguns generosos (Porto e Moscatel). Sendo uma região
não vocacionada para tintos – os mais consumidos e vendidos em todo o mundo –
torna-se evidente a limitação que esta dependência trás à região. O ‘Grandjó’,
nomeadamente o late harvest, é
portanto um vinho de grande qualidade, nobreza e importância para esta região.
Pedro Bravo e Duarte de Oliveira concluíram
mesmo que este néctar se pode equiparar ao Porto Vintage das terras mais
prestigiadas do Douro, o que faz do ‘Grandjó Late Harvest’ o “Vintage das terras
altas”!
A Real Companhia Velha é proprietária de uma significativa extensão de
vinhas – que atinge os 160 hectares – na região de Alijó: a denominada Quinta
do Casal da Granja. O nome ‘Grandjó’ surgiu por causa do nome do
lugar onde são cultivadas as uvas que lhe dão origem: Granja de Alijó.
A
marca ‘Grandjó’ possui, actualmente, duas referências: meio doce branco e late harvest, sendo este último o mais
parecido com o vinho original. O ‘Grandjó Late Harvest’ é feito a partir de
uvas da casta Boal (sinonímia da francesa Semillon).
As uvas são colhidas no final da época das vindimas, normalmente a partir de
meados de Outubro [este ano as vindimas estenderam-se ao mês de Dezembro], após
o aparecimento das primeiras chuvas de Outono. A ocorrência da precipitação
conjugada com a topografia do local – planalto de Alijó, bem acima do rio Douro
– favorece o aparecimento de neblinas matinais e elevada humidade relativa do
ar, facilitando o aparecimento da podridão nos bagos. São efectuadas várias
passagens nos seis hectares de vinha existentes, colhendo-se de cada vez apenas
as uvas afectadas pelo fungo Botrytis cinérea – fenómeno natural vulgarmente
designado por podridão nobre – que apresentam bagos de reduzido tamanho,
fortemente desidratados e com elevada concentração de açúcares.
Na
adega, obtém-se um vinho doce natural, glicérico, saboroso e longo, cuja
fermentação não é terminada devido à riqueza de açúcares do bago. No nariz, salientam-se
aromas intensos de alperce seco, passas, mel e uma nuance de madeira
proveniente do estágio parcial em barricas novas durante oito meses. Na prova, o
vinho enche o paladar com uma doçura volumosa que leva os sabores
correspondentes ao nariz a um final de prova persistente. Pela graça de uma
acidez forte esta combinação de néctar doce e cornucópia de sabores acaba por
deixar o paladar refrescado e limpo.
A
produção deste género de vinhos a nível mundial é muito reduzida, destacando-se
a região de Sauternes, em França. Outras regiões produtoras de vinhos efectuados
com uvas botritizadas são Tokay (Hungria), Reno e Mosel (Alemanha) e pequenas regiões
da Áustria. Em Portugal, começam agora a aparecer mais produtos desta natureza.
(1)
Jantar Vínico | 100 Anos
‘Grandjó’ | Restaurante DOP
Quinta-feira,
dia 20 de Dezembro de 2012
Palácio
das Artes, Largo de S. Domingos, 18, Porto
MENU
Fois gras |
Grandjó Late Harvest
Sashimi de
Dourada com molho cítrico | Grandjó Meio Doce branco
Sushi | Quinta de Cidrô
Gewürztraminer branco
Barriga
de Leitão com batata Galette e molho de cidra | Carvalhas tinto
A
lima e os frutos vermelhos | Grandjó Late Harvest
Preço: € 50,00
Reservas: 22 201 43 13 | 91
001 40 41 | dop@ruipaula.com
Para mais informações,
contactar, por favor:
Joana
Pratas | Consultoria em Comunicação e RP
(joanapratas@joanapratas.com;
91 459 11 19 ou 93 779 00 05)
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